Como virar criador de conteúdo de games (e viver disso) em 2023?
Agente de streamers e jogadores profissionais dá dicas para quem sonha em embarcar na carreira de criador de conteúdo; confira
Ter milhões de seguidores nas redes sociais, 'bombar' fazendo lives de games na Twitch e ganhar dinheiro jogando videogame. Esse é o sonho de muita gente que sonha em virar criador de conteúdo de games. Mas será que ainda há lugar para novos talentos nesse segmento em 2023? E por onde começar?
Quer conhecer outros jogadores, saber das últimas novidades dos games e ter acesso a brindes e campeonatos? Participe do nosso Discord!
O Game On conversou com Alessandro Ferreira, CEO da Red Button, agência que cuida da carreira de alguns dos maiores influenciadores gamers do Brasil, como a apresentadora Ana Xisdê, Robertinha Pffaf e a narradora Babi Micheletto, eleita a melhor caster do prêmio eSports Brasil 2022, entre outros criadores, proplayers e organizações.
Para o empresário, o setor de influenciadores e criadores de conteúdo gamers ainda não está saturado. "O mercado brasileiro ainda está maturando, passamos nos ultimos 5 anos por um crescimento de interesse do público e dos influenciadores". Ferreira aponta que a popularização de jogos mobile como Free Fire e do acesso de ferramentas de edição direto pelo celular facilitaram a entrada de muitos talentos nesse segmento.
Ferreira reconhece que é um momento diferente para os criadores de conteúdo, com "mais trabalho e menos dinheiro" para quem busca se profissionalizar na área. "O mercado teve uma injeção de dinheiro muito grande com plataformas de streaming no passado, agora a monetização é mais difícil. O futuro depende da publicidade". E para isso, é preciso profissionalizar a produção de conteúdo. "Para viver disso, não dá mais para brincar, tem que levar à sério".
Para quem quer começar hoje na área, Alessandro recomenda não só jogar bastante, mas estudar como se produz o vídeo, editar e assistir outros streamers. "Assiste quem você gosta, quem já faz conteúdo e descobre o que funciona para eles, e comece a fazer o seu", ressalta. "Antes feito do que perfeito, como meu sócio costuma dizer".
Também é importante se acostumar com as críticas e focar na comunidade. "A internet está cheia de gente falando mal, mas tem quem vai gostar, que vai elogiar, e aí o criador vai crescendo e vai buscar ajuda profissional para 'subir de nível', com PR, agência, editor, buscar a ajuda de quem pode ajudar. No começo, faça você mesmo e conforme puder, vai se aperfeiçoando" recomenda.
Por outro lado, o CEO da Red Button diz que muitos criadores ficam preocupados em alcançar logo milhões de visualizações e desanimam quando isso não acontece. "Essa não pode ser a maior preocupação e sim se o público que você quer está sendo atingido e gostando do conteúdo", ensina, lembrando que a qualidade do conteúdo depende do que cada público quer.
Para Alessandro, o criador tem que estar atento às novas plataformas, como Tiktok e outras que se popularizam de repente, "mas é sempre uma boa fazer o velho e bom vídeo e a live para trocar experiências e se envolver com a sua comunidade".