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Língua: puzzles, peões e folclore brasileiro

Primeiro jogo do dev Guilherme Giacomini traz músicas e criaturas brasileiríssimas

8 jul 2022 - 09h09
(atualizado às 12h00)
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O jogo Língua aborda questões e músicas tipicamente brasileiras
O jogo Língua aborda questões e músicas tipicamente brasileiras
Foto: Língua / Divulgação

Língua é um jogo simples, mas com muito coração. Na jornada de Beto, um menino tímido em busca do seu bode de estimação perdido, o jogador se depara com criaturas, paisagens, objetos e músicas brasileiríssimas. Tudo enquanto assiste a história de um garotinho que se redescobre e encontra a sua própria voz.

Guilherme Giacomini, desenvolvedor e compositor de Língua, é paulista crescido em Salvador e migrou do desenvolvimento de jogos para a produção musical seguindo sua paixão de criança: trabalhar com trilha sonora de videogames. O projeto surgiu como ideia infelizmente atrasada para um edital público, ficou engavetado por um tempo, entre trabalhos que surgiam, e retornou para conseguir entrar num segundo edital.

O desenvolvedor juntou clássicos que marcaram sua infância no Super Nintendo, como Zelda e Chrono Trigger, além de joias atuais tipo Crosscode, com o contexto da caatinga nordestina para criar seu jogo procurando naturalizar os elementos folclóricos brasileiros.

“Eu não vou apresentar esses personagens folclóricos e pegar a mitologia brasileira dessa forma mais educativa, eu vou colocar esses personagens e vou tratar eles como as pessoas tratam os dragões. Ninguém pergunta o que é um dragão, as pessoas só aceitam”, disse Guilherme durante nosso papo no terceiro episódio do Controles Podcast.

Mas o ponto que mais me encantou foi a trilha sonora maravilhosa do jogo. Língua tem baião, forró e arrocha feitos com aquele brilho retrô das músicas dos mesmos clássicos citados acima. O mergulho nesses estilos foi uma verdadeira bateção de cabeça para Guilherme, metaleiro na adolescência, que precisou estudar a fundo os ritmos e contou com ajuda extra na criação do tema central do jogo.

Preocupado com seu forte sotaque paulistano, o desenvolvedor passou muito tempo analisando e reanalisando o projeto para que ele não caísse em uma representação genérica ou generalista do ambiente e temática que queria passar.

“O nordeste é um conjunto muito grande de culturas diferentes, sotaques, arquiteturas. Teve muito cuidado pro Língua não dizer que o nordeste é isso aqui. Não. Não é a caatinga e a cidade do interior, tem cidades enormes e inclusive um dos maiores polos de desenvolvimento de jogos é em Pernambuco”, acrescentou o desenvolvedor.

Além de Guilherme, Língua contou com as artes de Thomas Lessa e Felipe Basou e a programação de Gabriel Mamani. O jogo foi um dos projetos selecionados pelo edital 30/2019 da Proac, Produção e Desenvolvimento de Games, e foi lançado em outubro de 2021.

Você pode conferir a análise do jogo nesse texto aqui, mas antes vai lá na Steam, compra o jogo e termina ele antes de voltar pra crítica.

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