O governo dos Estados Unidos está tentando impedir que hackers deflagrem uma guerra contra sites e sistemas de informática dos países muçulmanos. Desde os ataques terroristas do último dia 11, em Nova York e Washington, vários grupos de hackers começaram a articular "cyberataques", o que levou os EUA a fazer um apelo para que estes ataques sejam suspensos. Para conseguir convencer os hackers vai ser lançada uma grande campanha publicitária na qual o governo destaca a importância da manter a Internet a salvo do conflito. A preocupação de agentes do FBI e de especialistas em segurança na rede mundial de computadores é que a retaliação dos hackers impeça o funcionamento normal da Web, o que traria prejuízos para todos os países.
Há também o temor que a onda de ataques cibernéticos torne-se uma constante e que outros futuros conflitos também possam afetar a Internet. A campanha publicitária será veiculada na TV e em sites da Internet e terá como estrela Vint Cerf, um dos "pais" da rede mundial.
Segundo Cerf, os ataques hackers não ajudam a resolver as dificuldades que a civilização enfrenta. Para ele, manter a Internet em perfeito funcionamento é fundamental porque ela oferece um canal coletivo para expressar diferentes pontos de vista e melhorar a compreensão dos problemas.
Diversos hackers têm conclamado abertamente ataques a sites do Talibã e do Afeganistão em retaliação ao terrorismo. E os especialistas temem que a guerra online aumente caso os Estados Unidos decidam atacar os países que protegem supostos terroristas.
A principal forma de ataque virtual é conhecida como DDoS (Distributed Denial of Service). O hacker "escraviza" diversos micros conectados à Internet e direciona o tráfego de todos eles para um determinado site. Com tantos "visitantes" ao mesmo tempo, o servidor acaba não suportando o congestionamento e a página sai do ar.
A mesma tática foi utilizada em fevereiro de 2000, quando o site do Yahoo! e da CNN foram derrubadas por ataques hackers.