Os segredos do software secreto de Bin Laden
Segunda, 29 de outubro de 2001, 18h45
Na semana passada, foi publicada a notÃcia de que um ex-agente do FBI, Robert Hanssen, afirmava que um software secreto, o Promis, havia caÃdo nas mãos de Osama Bin Laden. Devido ao retorno de muitos leitores que escreveram solicitando informações sobre este programa, publica-se agora uma série de reportagens sobre o Promis e suas alegadas e impressionantes capacidades de rastrear pessoas, efetuar operações de transferência e lavagem de dinheiro, e muito mais. Desde os atentados do dia 11 de setembro, várias hipóteses foram apresentadas para explicar como um bando de terroristas conseguiu passar despercebido da nação mais desenvolvida tecnologicamente do planeta, e destruir o World Trade Center e uma parte do Pentágono, o centro militar dos Estados Unidos. Algumas dessas hipóteses são tão estapafúrdias que parecem apenas servir de desculpa para a criação de leis restritivas à s liberdades civis e para a elaboração de um sistema de vigilância das comunicações. Entre estas, está a afirmação, estampada em manchetes de vários jornais, de que os terroristas usaram a Internet para se comunicar (quem não usou?). De todas as suposições, o uso do Promis parece ser o que está mais perto da realidade. O software traz um passado repleto de episódios mal explicados, em que se misturam acusações de roubo contra o Departamento de Justiça (DoJ) dos EUA, espionagem internacional e mortes misteriosas. O escândalo do roubo do software virou uma briga judicial de muitos anos entre a Inslaw — empresa que criou o Promis — e o DoJ, que também teria distribuÃdo o programa para agências de inteligência americanas e de muitos outros paÃses, incluindo o Brasil. Esse caso era tão obscuro — e provavelmente havia motivos graves para que não fosse desvendado — que um jornalista americano que o investigava, Daniel Casolaro, morreu em circunstâncias suspeitas, e o material contendo suas pesquisas desapareceu misteriosamente. Acredita-se ainda que pelo menos outras cinco pessoas tenham morrido devido a esse escândalo.
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