A CeBIT, que vai até a próxima quarta-feira, é uma Disneylândia da alta tecnologia para as pessoas obcecadas por engenhocas eletrônicas, mas este ano a maior parte das atrações estava meio vazia. Muitos dos 30 pavilhões de exposição, de tamanho semelhante a hangares de aviões, estavam ocupados apenas parcialmente por expositores.A maioria das empresas enviou apenas um punhado de representantes para atender em pequenos quiosques instalados dentro dos estandes dos grandes protagonistas do setor. A Microsoft, por exemplo, abrigava em seu estande centenas de quiosques de pequenas empresas, durante o evento.
As exceções foram as poucas entrevistas coletivas realizadas para o lançamento de novos celulares pelos três grandes fabricantes mundiais - Nokia, Motorola e Samsung -, que tentaram superar um ao outro acrescentando players de música, câmeras e jogos aos seus novos telefones.
Mesmo assim, os analistas dos bancos de investimento, que acompanham de perto os lançamentos dos celulares porque os produtos de sucesso podem vender dezenas de milhões de unidades, disseram que há poucas inovações.
"Estamos encontrando problemas para encontrar produtos que não foram expostos em 2002, em princípio, na CeBIT 2002", disse Sofia Ghachem, analista do UBS Warburg, depois de participar de uma conferência.
O ponto alto da feira são as filas nas cabines de venda de cartões pré-pagos que permitem que os visitantes equipados de laptops naveguem pela Internet via conexões sem fio em banda larga. Centenas de pontos de conexão wireless invisíveis foram distribuídos pelos pavilhões.
As filas são grandes mesmo com o preço salgado de 7,50 euros por hora pelo acesso à tendência mais quente na Internet de alta velocidade.