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Código de barras ajuda a prevenir erros em hospitais nos EUA

Segunda, 17 de março de 2003, 15h40

A mesma tecnologia de código de barras usada em supermercados deverá se tornar um instrumento comum em hospitais dos Estados Unidos, como forma de prevenir erros na medicação de pacientes, salvando milhares de vidas ao ano.

A agência de Administração dos Alimentos e das Drogas dos EUA (FDA, na sigla em inglês) anunciou na semana passada que os códigos de barras serão exigidos em todas as prescrições de medicamentos, em alguns remédios que não exigem receita e em vacinas, com o objetivo de melhorar a segurança dos pacientes.

A FDA pretende tornar obrigatório que todos os fabricantes de drogas coloquem códigos de barras em seus rótulos três anos antes de formalizar uma norma oficial. Hoje, poucos hospitais e clínicas utilizam leitores de código de barras para controle dos medicamentos, mas o número deverá se elevar rapidamente nos próximos meses.

"A decisão da FDA inspira outros serviços de saúde que ainda estão assistindo e esperando", disse Karen Garner, representante do Sutter Health.

A regulamentação dará um necessário estímulo ao setor de tecnologia. Estima-se que as empresas farmacêuticas devem gastar US$ 50 milhões para colocar os códigos nas embalagens, enquanto os hospitais gastarão cerca de US$ 7,2 bilhões com os sistemas de leitura dos códigos de barras.

Alguns hospitais que já usam o sistema elogiam os resultados.

"As enfermeiras dizem que é como ter alguém vigiando para garantir que tudo está correto", disse Jane Pratt, diretora do Centro Médico Sutter, de Roseville, Califórnia. As enfermeiras do hospital usam um aparelho móvel que checa códigos no pulso do paciente, na medicação e no pulso da própria enfermeira. Um computador confirma se os três códigos batem, garantindo o remédio certo na hora certa.

O Hospital da Universidade de Wisconsin, em Madison, disse que o sistema reduziu os erros de medicação em 87%.

Os erros na administração de remédios são mais comuns do que se imagina. A Academia Nacional de Ciências dos EUA disse em estudo em 1999 que cerca de 98 mil norte-americanos morrem anualmente por causa de erros médicos que poderiam ser prevenidos.

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