Um raio-X de uma pimenta amarela, um homem caindo repetidas vezes e um cachorro comendo um frango assado podem não ser qualificados como filmes de Hollywood, mas uma produtora espera que esses trabalhos, produzidos para aparelhos portáteis, encontrem lugar na indústria do entretenimento.A BigDigit patrocinou o Festival dos Menores Filmes do Mundo em Nova Orleans (EUA), ontem, como parte da conferência anual da Cellular Telecommunications & Internet Association sobre telefonia sem fio. A empresa colocou em destaque filmes produzidos especificamente para celulares.
"Trata-se de uma mídia nova, e queremos explorar quais serão as novas regras e o novo conteúdo", disse Beau Buck, presidente-executivo da BigDigit. "Estávamos interessados em descobrir qual seria a maneira mais efetiva de estimular as vendas de celulares".
Os aparelhos celulares mais avançados para acesso à Internet são capazes de receber vídeo. Mas a questão é saber se o público deseja esses pequenos filmes em seus aparelhos portáteis.
A BigDigit espera que seu festival de cinema, e outros que se seguirão, ajudem a criar interesse do ponto de vista da produção de filmes.
Alguns cineastas criaram minifilmes como o que trata de um menino tentando impedir que a abóbora que ele esculpiu para o Halloween seja atropelada por outro menino em sua bicicleta. Muitos dos trabalhos fogem ao formato tradicional de narrativa.
Em um filme com roteiro de Loren Carpenter, cientista co-fundador da Pixar e duas vezes premiado com o Oscar de computação gráfica, os espectadores recebiam um mapa astrológico tridimensional gerado automaticamente.