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Proibição de jogos de azar online ganha apoio no Senado dos EUA

Quarta, 19 de março de 2003, 17h13

Senadores norte-americanos disseram que voltarão a tentar uma proibição aos jogos de azar na Internet, a despeito das preocupações de alguns especialistas que dizem que os Estados norte-americanos deveriam em lugar disso tentar regulamentar o setor que movimenta US$ 4 bilhões ao ano.

Os principais membros do Comitê Bancário e de Finanças do Senado disseram ontem apoiar um projeto de lei exigindo que as empresas de cartões de crédito e os serviços de pagamento online bloqueassem transferências de dinheiro a sites de jogos de azar na Internet.

"Esse projeto representa uma resposta ponderada e apropriada a um mal social comprovado que se agrava a cada dia", disse Richard Shelby, senador republicano pelo Alabama e presidente do comitê.

Paul Sarbanes, senador democrata por Maryland e líder de sua bancada no comitê, disse que apóia a iniciativa.

Um projeto de lei semelhante foi aprovado por um comitê da Câmara dos Deputados na semana passada.

A Christiansen Capital Advisors, que estuda o setor, estima que os sites de jogos de azar na Internet terão faturamento de cerca de US$ 4 bilhões este ano, com metade do dinheiro vindo de residentes dos Estados Unidos.

Shelby e outros críticos dizem que os sites de jogos de azar violam regulamentação local e oferecem acesso tanto a adultos como crianças.

Os cassinos na Internet também servem como cobertura para lavagem de dinheiro e não oferecem garantias de pagamento, alegam os senadores.

"Quem quer que aposte via Internet provavelmente está sendo enganado", disse o senador Jon Kyl, republicano do Arizona e patrocinador do projeto.

O fato de as sedes da maioria dos sites de cassinos online se localizarem fora dos Estados Unidos fazem com que seja impossível fechá-los. Por isso a idéia de impedir que os apostadores paguem suas apostas.

Mas um antigo fiscal estadual diz que a abordagem de Kyl encorajaria os jogadores a usar formas de pagamento mais difíceis de se bloquear.

Os governos se dariam melhor regulamentando o setor, como no Reino Unido, segundo Frank Catania, ex-fiscal estadual de jogo em Nova Jersey e agora consultor do setor de jogos de azar.

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