A exclusão digital das crianças pobres nos Estados Unidos, em comparação com as ricas, está se reduzindo rapidamente à medida que os jovens de todas as faixas de renda e grupos étnicos ampliam seu uso da Internet, de acordo com estudo. O uso da Internet entre as crianças de baixa renda nos EUA disparou nos dois últimos anos, reportou a Corporation for Public Broadcasting, e as crianças e jovens de menos de 17 anos passam agora tanto tempo diante de seus computadores quanto assistindo televisão.
Mas persistem diferenças, já que as crianças brancas de famílias ricas têm maior probabilidade de desfrutar de acesso de alta velocidade à Internet em casa, constatou o estudo.
"A chamada exclusão digital não desapareceu", disse Peter Grunwald, cuja empresa de pesquisa entrevistou milhares de pais e crianças ao longo do ano passado.
O uso da Internet decolou na sociedade como um todo nos últimos 10 anos, e especialistas em questões públicas passaram a se preocupar com a possibilidade de que os setores sociais menos afluentes se tornassem mais isolados, por não desenvolverem as capacidades necessárias a obter sucesso na era digital.
Mais de dois terços dos domicílios de baixa renda nos EUA dispõem de computadores, agora, ante 98% dos domicílios de alta renda, constatou a pesquisa. Dois anos atrás, computadores eram encontrados em menos de metade dos domicílios de baixa renda, enquanto nove em 10 dos domicílios ricos dispunham deles.
"As crianças de baixa renda estão entrando na Internet nos últimos anos e isso realmente estimulou o crescimento no uso da Web", disse Grunwald.
O progresso entre os hispânicos e os negros foi igualmente forte, concluiu o estudo, com as crianças mais jovens se conectando em ritmo semelhante ao das crianças brancas -possivelmente porque seus pais conhecem mais a Internet, disse Grunwald.