A integração de jornalistas em unidades de combate e as novas tecnologias estão sendo decisivas para que os jornalistas, que acompanham as forças dos EUA e do Reino Unido, enviem uma avalanche de informações em tempo real do campo de batalha.As primeiras horas de conflito mostraram um salto na combinação simultânea de imagens, som e texto nos principais meios de comunicação dos Estados Unidos.
Mísseis disparados durante a noite e tanques e veículos que avançavam pelo deserto foram algumas das imagens vistas, não apenas pelas emissoras de todo o mundo, como também pela Internet.
A cobertura está criando uma autêntica convergência de meios, que pode mostrar a efetividade com que se combinam as novas tecnologias para que o jornalismo entre definitivamente no século XXI.
"É o evento com o qual todos os jornalistas testarão todas as facetas da profissão", disse à EFE de Londres, Nick Wrenn, produtor executivo da CNN Interactive International.
Todos os grandes grupos instalaram sofisticados dispositivos técnicos e humanos.
Os repórteres têm acompanhando as tropas no campo de batalha - equipados com coletes a prova de balas e capacetes - e enviam matérias em qualquer formato e em tempo real. Também reforçaram seus sites para oferecer o material, inclusive de vídeo, com a instalação de modernos computadores.
Entre as diferentes formas de explicar o que há de tão especial nesta guerra sob a óptica jornalística, alguns comentaristas afirmam que se trata de um conflito militar em tempo real.
Os jornalistas de todos os veículos aproveitam sua integração em unidades de terra, navios e bases aéreas, para transmitir em qualquer momento, inclusive em pleno combate, e suas reportagens são enviadas ou disponibilizadas na Internet imediatamente.
Este é o conceito que, segundo muitos usuários, determina a efetividade da Internet como meio de comunicação e o que decidirá se seu poder de alcance tem o mesmo êxito que a televisão.
Esta capacidade de atualizar informações quase instantaneamente também transformou o palco informativo desta guerra em relação a qualquer conflito bélico anterior.
Apesar de a diferença de horário entre os EUA e a região da guerra poder prejudicar os jornais, porque são impressos no meio dos combates, a Internet permite que seus enviados especiais enviem suas matérias de modo imediato graças aos laptops com conexão sem fio à Internet via satélite.
Os repórteres de TV, por sua parte, utilizam telefones celulares e videofones.
"Esta é a primeira vez para muitos aspectos de nosso trabalho, como o uso de um sinal de vídeo que nossos enviados especiais enviam via satélite", disse à EFE Tom Kennedy, diretor do site do jornal "The Washington Post".
Não há descanso para ninguém e os repórteres de televisão fazem constantes conexões ao vivo, inclusive quando é noite no Iraque. Conexões inconfundíveis pelo fundo verde que invadem as telas, já que as câmaras usam visores infravermelhos para filmar à noite.
As redes de televisão também transmitem sofisticadas recriações em três dimensões de Bagdá, para ajudar os americanos a entenderem como é a cidade que suas tropas devem tomar para que a chamada Operação Libertação Iraquiana seja um sucesso total.
Os sites da MSNBC e da CNN, dois canais de televisão que transmitem notícias 24 horas por dia e que competem constantemente, colocaram em funcionamento sistemas que permitem ver as imagens enviadas por suas equipes especiais.