Uma emissora de rádio clandestina e uma portal criado e dirigido por um jornalista independente são algumas das fontes de informação alternativas sobre a guerra no Iraque que se podem encontrar na internet.ClandestineRadio.com, por exemplo, divulga "propaganda, jornalismo, diplomacia e espionagem de guerra" desde 1996 através de convênios com emissoras de rádio clandestinas de países em conflito, como Iraque, Colômbia e as ex-repúblicas soviéticas.
Em sua cobertura da guerra no Iraque há ênfase na campanha de operações psicológicas e de informação milionárias dos Estados Unidos contra o regime de Saddam Hussein.
O conteúdo, em áudio e texto, vem de estações de rádio cladestinas operadas por dissidentes, agências de inteligência, meios de comunicação associados e escritórios de propaganda governamentais de diversos países.
O financiamento, a situação e, em muitos casos, as organizações que patrocinam estas emissoras de rádio são também secretas.
Em algumas ocasiões, estas emissoras transmitiram desde cavernas, bunkers militares subterrâneos ou a bordo de um avião, e foram classificadas de espiões e seus sinais sofrem interferências do inimigo.
Por exemplo, quando começaram os bombardeiros aéreos no Iraque, em 20 de março, a programação da Rádio Estatal Iraquiana foi substituída durante três horas por uma mensagem das forças americanas, de acordo com a portal.
"Começamos a bombardear as instalações do regime iraquiano. Este é o dia pelo qual esperávamos. O ataque a Iraque começou", dizia a mensagem, segundo a rádio clandestina.
Aparentemente, acrescenta a portal, o sinal da Rádio Estatal Iraquiana sofreu a interferência de um sinal emitido pela frota aérea americana Comando EC-130E.
Clandestineradio.com também transmite a emissora de rádio oficial Sawt al-Jamahiriyah, que anunciou no dia do ataque que "este é nosso dia, sairemos vitoriosos e morreremos como fiéis mártires em defesa de nosso grande Iraque".
O site também conecta às rádios clandestinas da oposição iraquiana e a Rádio Iraque Livre, patrocinada pelo governo dos EUA.
Segundo a portal, EUA investiram mais de 100 milhões de dólares em programação de rádio clandestina no Iraque, divulgada através de panfletos lançados por seus aviões nas áreas de guerra.
"Em tempos de crise, sintonize Rádio Informação para obter informação e notícias importantes. As Forças da Coalizão apóiam o povo iraquiano em seu desejo de expulsar a Saddam e seu regime. Não queremos fazer dano aos civis iraquianos inocentes", diz.
Outro portal pequeno que segue os eventos no Iraque é defensetech.org, criado por Noah Shachtman, um jornalista que escreveu sobre tecnologia e defesa para jornais como o New York Times e o New York Post.
O site, cuja filosofia é que "a tecnologia está modelando como se protegem as fronteiras, como se travam as guerras e como se captura o inimigo", oferece notícias, análise e conexões para a diversas fontes de informação sobre segurança e terrorismo.
Outra oferta fonte de informação é do analista de tecnologia militar John Pike em seu site globalsecurity.org. Com sede em Washington, procura "diminuir a dependência nas armas nucleares e o risco de sua utilização, tanto pelos países com capacidade nuclear como pelos quais querem adquirí-la".
Pike está trabalhando para melhorar as capacidades de inteligência americana para responder a novas ameaças, mas reduzindo a necessidade de recorrer ao uso da força.