"Na comunicação direta intervêm o olhar, o cheiro, a presença fÃsica. Em uma carta pode ainda cair uma lágrima, mas o e-mail nunca pode ir acompanhado de emoções", explica o escritor português em entrevista publicada hoje pelo diário romano Il Messagero.
Saramago, que se encontra na capital italiana para participar de um congresso de literatura na Universidade Roma Tre, lamenta que os homens "terminarão um dia trancados em um quarto com uma tela, comunicando-se com todo o mundo mas sozinhos".
"É a vingança da tecnologia. O homem contemporâneo precisa dela, mas a fazem perder as emoções e sua identidade. É um cenário terrÃvel".