A Nokia, fabricante finlandesa de equipamentos de telecomunicações, teve faturamento 37,5% maior no Brasil no ano passado, principalmente pelo maior impulso nas exportações de celulares para o mercado norte-americano. E mesmo com a guerra que explodiu no Iraque há uma semana, por enquanto a Nokia não alterou seus planos para 2003.A subsidiária brasileira da Nokia, comandada por Fernando Terni, registrou US$ 1,3 bilhãode receita em 2002, mantendo em US$ 800 milhões as vendas domésticas. A estrela foram as exportações de celulares, que quase triplicaram em relação a 2001, chegando a US$ 525 milhões.
Favoreceu esse desempenho a decisão da matriz de fechar uma fábrica nos Estados Unidos, distribuindo a produção entre Brasil, México e Coréia do Sul. Atualmente, 97% das exportações da Nokia brasileira vão para o mercado norte-americano.
Para este ano, a expectativa de Terni é que as vendas externas ainda cresçam, mas a um ritmo menor.
"Crescimento como existiu o ano passado não vai acontecer este ano. É importante manter, pelo menos, os níveis de exportação do ano passado. É um compromisso que a gente tem com o governo", afirmou ele.
Para o mercado doméstico, a previsão é mais otimista. A expansão das operadoras de telefonia celular deve incrementar o mercado de aparelhos em 15%, segundo projeção da Nokia.
"A força das novas entrantes é maior que a guerra", comentou Terni.
A meta da empresa é manter a participação superior a 40 por cento no mercado local. Para isso, a Nokia lançou na Telexpo, feira e congresso de telecomunicações, 12 novos celulares, sendo que 8 deles serão fabricados na Zona Franca de Manaus.
Um dos aparelhos que será importado funciona como console de games e será lançado no Natal. Com a capacidade da fábrica bastante ocupada, a Nokia planeja investimentos num valor que não foi divulgado.