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Atentados aumentaram pessimismo nas empresas de TI

Além da influência, digamos, direta - várias empresas de tecnologia estavam instaladas no World Trade Center -, os atentados do dia 11 de setembro provocaram calafrios entre os executivos do segmento. O instituto de pesquisas IDC (International Data Corporation) nunca recebeu tantas solicitações de clientes e imprensa para estudar como ficaria a indústria depois dos ataques.

De certa forma, as previsões do IDC foram positivas. Apesar de perdas calculadas entre US$ 100 bilhões e US$ 250 bilhões (números de outubro de 2001), o instituto previu que a recuperação viria como no caso de um acidente natural, como um terremoto (!). Afinal de contas, computadores e redes ainda precisariam de manutenção, e os gastos com segurança de dados certamente aumentariam.

Mas o fato é que as empresas trataram de reduzir seus orçamentos destinados a aquisições de TI para os meses seguintes. Uma pesquisa divulgada na época pela revista CIO (da IDG americana) revelou que era esperado, em média, um crescimento de investimentos de 37,5% para os 12 meses seguintes, contra 42,4% do mesmo período do ano anterior. A única área que seguiria inalterada era justamente a de storage (sistemas de armazenamento de informações).

O segmento de sistemas de segurança, naturalmente, seguiu tendência inversamente proporcional aos demais. As ações de empresas como Symantec, Network Associates, Check Point Software Technologies e Internet Security Systems ficaram bastante valorizadas depois dos atentados ao World Trade Center, graças às ameaças de conflitos internacionais e cyberataques. "A segurança será uma das primeiras áreas a se recuperar depois da desaceleração", confirmou na época Stephen Sigmond, analista da Dain Rauscher Wessels.

Redação Terra

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