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Games foram cancelados e recolhidos das lojas

A exemplo da indústria cinematográfica, as fabricantes de games também passaram trabalho depois dos atentados do dia 11 de setembro. Acostumadas a explorar o tema "terrorismo", as empresa tiveram que cancelar títulos, remarcar datas de lançamento e até modificar as imagens das caixas de jogos que já estavam circulando no mercado.

Foi o caso de Red Alert 2, uma das continuações da série de estratégia em tempo real Command and Conquer. O jogo já estava sendo vendido nas lojas, mas teve que ser recolhido porque sua caixa mostrava nada menos do que as torres gêmeas do World Trade Center em chamas. E a Eletronic Arts, produtora do título, ainda adiou em duas semanas o lançamento da sua expansão Yuri´s Revenge.

Com a Microsoft, a situação foi bem mais constrangedora. Dias depois dos atentados, começou a circular pela Internet a "notícia" de que a empresa havia tornado disponível uma atualização para o seu Flight Simulator que trocava as torres gêmeas por pilhas de concreto e fumaça. O e-mail chegava inclusive com uma tela bastante realista do Windows Update, sistema de atualização do Windows, oferecendo essa opção.

O aparente oportunismo da Microsoft não passou de uma brincadeira de mau gosto, mas parte da imprensa especializada brasileira caiu na conversa. Pelo menos três veículos de informação publicaram a notícia como verdadeira. De qualquer forma, o realismo dos simuladores de vôo tornou-se tema de ampla discussão depois que "especialistas" consideraram a hipótese de esses games terem sido a maneira com a qual os terroristas treinaram para os atentados.

Uma empresa chamada Cyber Extruder foi realmente oportunista, mas para deleite dos americanos ávidos por vingança do líder do grupo Al Qaeda, Osama bin Laden. Ela tornou disponível para download "skins" que colocavam o terrorista em meio às batalhas de Quake 3 e Unreal Tournament, a até mesmo no simulador de pessoas The Sims. Assim, bastaria perseguí-lo e caçá-lo - virtualmente, claro.

Coincidência ou não, menos de um ano depois dos atentados do dia 11 de setembro, o exército dos Estados Unidos surpreendeu e anunciou o seu próprio game. Baseado no sistema gráfico de Unreal e altamente realista, America´s Army simula o treinamento e as batalhas contra terroristas. Objetivo: seduzir os fanáticos pelo gênero a ingressarem nas forças armadas americanas.

Redação Terra

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