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Dreamweaver 2
O Melhor editor visual de HTML
Alguns softwares têm a rara habilidade de transformar sonhos em
realidade. Um deles é o Dreamweaver, da Macromedia. Lançado no final de
97, ele criou um novo padrão para os editores visuais de HTML, principalmente
nos tópicos de integração de plug-ins, JavaScript e DHTML. A Macromedia
lançou um update, o 1.2, que oferecia algumas melhorias sobre o original.
Mas o melhor chegou agora, com a versão 2.0. A vantagem do Dreamweaver
sempre foi a simbiose entre o melhor de dois mundos: o HTML na unha, em
integração com o BBEdit, o editor de HTML preferido de nove entre dez
Web designers macmaníacos, e o ambiente HTML gráfico, através dos ricos
comandos do programa. Gregos e troianos podem ficar tranqÙilos. O Dreamweaver
corrigiu vários dos problemas da versão anterior: agora ficou fácil trabalhar
com tabelas, integrar layers com tabelas, checar os links de um site inteiro
e até mesmo fazer o desenho da página. Além disso, foram acrescentados
novos recursos, facilitando a criação de conteúdos específicos para diferentes
tipos de plataformas e servidores. Um dos comandos mais interessantes
para os designers é o Tracing Page. É como se você transformasse a área
de sua página em uma folha de papel vegetal e pudesse desenhar a página
seguindo um rascunho colocado por baixo. Isso permite montar a página
a partir de um original gráfico já existente ou criado em outro programa,
como o Photoshop. Você pode até mesmo rabiscar sua página em papel, escanear
e usar como molde. Outro comando, chamado Convert Layers to Table, permite
posicionar os objetos de forma precisa na página e depois criar uma tabela
referente a essas posições. O programa se tornou bem mais customizável
em sua interface e na forma de lidar com a edição do código. Você pode
criar esquemas de cor para o seu site, criar tags e páginas através dos
libraries e templates, definir as áreas que podem ou não ser editadas
e modificar o comportamento do programa em relação à geração de código
HTML. É claro que ainda falta a customização quase total do seu parceiro
BBEdit, e a possibilidade de se "scriptar" comandos de forma
direta via AppleScript ou Frontier. Mas sem dúvida o programa é um dos
mais customizáveis em sua categoria. Para aqueles que precisam criar código
com JavaScript ou DHTML, nada poderia ser mais simples: o Dreamweaver
já sai de fábrica com diversos scripts altamente confiáveis. Basta aprender
a usar uma função chamada Behaviour para diminuir exponencialmente o seu
sofrimento. Já para se usar o DHTML, existem dois comandos: Layers e Timeline.
Eles permitem o posicionamento preciso do conteúdo na página e a criação
de animações que não dependem de Java, scripts ou plug-ins. Puro código!
Junto com a library (espécie de arquivo de gabaritos, atualizado automaticamente
no site), surge um novo recurso: as templates. Agora você pode criar um
gabarito e determinar quais áreas deste são editáveis e quais não são.
Isso permite que terceiros possam usar seu gabarito para modificar textos
sem detonar o visual.
Sites dinâmicos: é possível?
Para criar conteúdos dinâmicos, que dependem de acesso a bancos
de dados, é necessário criar um bocado de templates e usá-las na medida
do necessário. Além de conhecer a fundo o assunto, sem contar com nenhuma
ajuda interativa do programa. Nesse caso, é mais fácil criar comandos
e macros no programa-irmão xipófago, o BBEdit, e utilizá-los em ambos
os programas. Se você está começando na Web e pretende utilizar como base
de dados o FileMaker Pro, então o Claris Home Page e o NetObjects Fusion
são bem melhores nesse quesito. O Home Page, na verdade, é quase um prolongamento
do banco de dados, perfeito tanto para iniciantes quanto para profissionais.
O que o Dreamweaver faz, e faz bem feito, é reconhecer os tags de alguns
tipos de estruturas utilizadas para conteúdo dinâmico: SSI (Server-Side
Includes, código utilizado para inclusão de conteúdo dinâmico em páginas
construídas "on-the-fly"), ColdFusion (um programa de Windows
que gera códigos para acesso a bancos de dados SQL) e ASP (ou Active Server
Pages, a interface da Microsoft para conteúdos dinâmicos), por exemplo.
O que ainda está nos sonhos
Apesar de todos os melhoramentos introduzidos nesse novo release,
o programa ainda está na versão 2. Ou seja, ainda tem muito chão pela
frente. Mas já briga de igual para igual ou até ganha dos seus amigos
mais velhos: CyberStudio, Fusion e Claris Home Page, os quais já estão
na versão 3. De qualquer forma, a conclusão a que se chega é: bom com
ele, impossível sem ele.
J.C. França
É diretor da Usina de Imagens
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