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Onde o PC e o Mac se encontram
Um dos maiores argumentos de pecezistas contra o Mac é o famoso
"ah, tudo que é para Mac é mais caro". Isso podia ser verdade até um tempo
atrás, mas há alguns anos a Apple vem se esforçando em fazer o Mac adotar
os padrões da indústria de PC, como discos IDE, monitores SVGA e arquitetura
PCI. O resultado é que hoje o Mac é compatível com vários componentes,
suprimentos e periféricos de PC, mas pouca gente sabe. E tem gente que
se aproveita disso para cobrar mais por um produto só porque ele é "para
Macintosh"
Há algum tempo resolvi usar meu Mac para fazer experiências
com peças que poderíamos facilmente encontrar no Brasil. Comecei uma série
de testes, que na maior parte das vezes deu certo, fazendo com que eu
tivesse uma máquina turbinada por um preço de fusca. Descobri que quase
tudo que temos do lado dos ubíquos PCs, podemos sem adaptação nenhuma
usar em um Mac, com a vantagem do preço até quatro vezes menor.
Vou tentar passar para o papel todas as dicas necessárias para que vocês
não sejam enganados pelos lobos do mercado. O único ponto que gostaria
de deixar claro é que, na maior parte das vezes, é preciso mexer no hardware.
Se você não tiver nenhum conhecimento para tal, compre o que for preciso
e leve a uma assistência técnica autorizada para fazer o serviço.
É bom lembrar também que, em alguns casos, pode valer a pena pagar
um pouco mais e ter o direito de reclamar se o produto não funcionar a
contento. Afinal, o vendedor sempre pode vir com a desculpa de que "no
PC funciona direitinho".
Memórias
A primeira coisa a fazer quando compramos um Macintosh geralmente
é aumentar a quantidade de memória RAM. Aumentar por quê? Simples. O Mac
vem com 8MB ou 16MB (ninguém fala que não fazemos nada de bom com 8MB).
Pressupondo que um Mac OS com as várias tranqueiras que gostamos de colocar
vai de 4MB a, por exemplo, 8MB, a memória que restaria para brincar é
quase nula. Aí ficamos com duas saídas: compramos mais memória ou ligamos
a memória virtual.
Ligar a memória virtual (ou instalar o RAM Doubler) é uma boa
saída, mas a velocidade da máquina cai razoavelmente. É claro que não
queremos isso, pois compramos um computador equipado com o chip que a
Apple diz ser o mais rápido do mercado (ainda tenho que descobrir o software
que eles usam para fazer testes).
Então a solução é comprar mais memória. Damos uma folheada na
Macmania para ver o preço de memórias SIMM e DIMM (mais para adiante veremos
a diferença das siglas). Uau! Que caro! Não tenho dinheiro para isso,
nãoÉ Se quiser comprar 16 MB a mais para minha máquina vou gastar de R$
320 a R$ 420 (média de preços de quando escrevi este artigo). É aí que
começam as dicas, que são várias. Tentem segui-las passo a passo, de preferência.
Antes de mais nada, veja que tipo de memória seu Macintosh usa.
Existem alguns utilitários (como o GURU, da Newer Technology) que dão
a listagem de Macs, os respectivos tipos de memória e até mesmo quantos
pentes eles aceitam. Para aqueles que desejam uma consulta rápida.
Outra dúvida recorrente é qual a velocidade de memória mais indicada.
Na dúvida, compre as mais rápidas. Um pente de 70ns (nanossegundos) já
está bem razoável, mas um de 60ns é muito bem-vindo!
Por último, uma informação bem importante: os Power Macs 6100/7100/8100
utilizam memórias aos pares (não tem nada a ver com a famosa paridade
dos PCs), então, se você deseja colocar 16MB em sua máquina, terá que
comprar dois pentes de 8 MB.
Sempre que possível (que possível não, sempre!), use memórias
de mesma marca e com a mesma velocidade. O desrespeito a essa cláusula
pode causar erros tipo 1 e 11 ou até aqueles Macs de cara feia que não
deixam nem o sistema entrar.
Como final desta seção sobre memórias, gostaria de deixar a dica
que vai valer para todas as outras divisões. Compre um jornal de informática
e vá direto aos classificados, mais especificamente às últimas páginas,
onde estão aqueles anúncios com letras corpo 8. Pode fazer a pesquisa
de preços por lá. Os preços são muito inferiores, com garantia e alguns
até entregam em casa.
Hard Disks
O segundo item que sempre queremos ter maior que o normal (ou
a terceira, se você é daqueles que levam as coisas para o lado pessoal)
é o hard disk, conhecido entre os imigrantes de PC como winchester e entre
outros usuários, como disco rígido ou HD.
Para aumentar o HD, podemos trabalhar de três formas:
1- Trocar o disco antigo por um novo. Não gosto dessa, pois por
menor que o antigo seja, sempre se perdem alguns meguinhas.
2- Colocar o segundo internamente. Mas para isso é preciso ter
espaço suficiente dentro da máquina.
3- Para aquelas máquinas em que falta espaço, a solução é ligar
um hard disk externo. Nesse caso, é preciso comprar um gabinete com fonte
e um cabo SCSI (a MGI é uma empresa especializada nesse tipo de acessório).
O Macintosh usa o padrão SCSI (iscâsi), com exceção de algumas
máquinas mais low-end que usam internamente o padrão IDE (este dá mais
que chuchu na serra no lado PC, é o padrão mais conhecido). Mas mesmo
os Macs que usam IDE internamente têm uma saída externa padrão SCSI. Alguns
modelos de PC mais novos já estão usando esse padrão. Várias marcas de
HD podem ser encontradas naquela mesma parte do jornal citada anteriormente.
Gosto bastante do Quantum e vou trabalhar com ele como base, pois a Apple
parece também gostar dele.
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