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A bateria do meu carro elétrico acabou na rua. O que fazer?

Se você é dono de carro elétrico movido só a bateria e isso acontecer, saiba que existe um procedimento - e que o EV não pode ser "puxado"

24 jun 2024 - 14h25
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Resumo
E se a bateria do meu carro elétrico acabar? Fique atento e redobre a atenção, pois isso pode causar multa e achar um ponto de recarga pode não ser tão simples assim...

Pane seca, apesar de ser algo que pode gerar multa, é algo extremamente comum. Que jogue a primeira pedra quem nunca viu um carro ser guinchado ou mesmo rebocado/puxado por falta de combustível.

Mas e se isso acontecer com um carro elétrico? O que deve ser feito, já que nesse caso não dá para ser resolvido com um simples abastecimento líquido no posto mais próximo?

A resposta tecnicamente é a mesma: é preciso levar o carro até a "tomada" - ou ponto de abastecimento - mais próximo. É aí que começa outro problema, já que ainda existem poucos pontos para recarga, mesmo em grandes metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro.

Aliás, vale dizer que mesmo que o procedimento seja relativamente simples (e também passível de multa se flagrado pela CET, assim como em carros com motor a combustão), o processo de remoção de um EV até a tomada pode ser mais demorado.

Isso porque em postos de recarga como vagas específicas de shoppings ou supermercados, o caminhão do guincho pode simplesmente não conseguir chegar ou entrar.

No Brasil, a infraestrutura de recarga é um empecilho para a expansão do mercado de carros elétricos
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Foto: Divulgação / Flipar

Com a palavra, a ABVE

Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), consultada pela reportagem do Terra, o dono ou motorista de carro elétrico precisa ter mais cautela justamente para que essa situação não aconteça.

"A recomendação é ficar ligado, pois o carro avisa quando a bateria está acabando. E mesmo quando ela 'acaba', na maioria deles não termina 100%. EVs têm uma artimanha para fazer o cliente não ficar na rua: aos poucos vai tirando potência do motor. Ideal é carregar até 90% e circular entre esses 10% e 90% sem deixar o nível cair para menos", explica a entidade.

"O jeito é mudar a concepção que você tem de dirigir. É claro que se você abusar do peso do pé ou usar demais o ar-condicionado, vai gastar mais. Mas se você conseguir usar a tecnologia, dosar o pé e souber recuperar energia pelo freio-motor... O carro vai entregar exatamente a autonomia indicada no painel. A partir daí, o jeito é aprender a confiar", completa o órgão.

BYD Dolphin tem feito sucesso, mas fique atento: é bom não deixar a bateria acabar totalmentepo
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Foto: Monitor do Mercado

E se dar pane?

Não é só o fim da bateria. Assim como todo carro com motor térmico, um carro elétrico pode "apagar" por outros problemas técnicos - além de ficar sem bateria pelo simples fato de estar muito tempo parado, algo que também acontece com telefones celulares, tablets e notebooks.

Nesse caso, a recomendação do Denatran e da ABVE é a mesma: leve o veículo diretamente para uma oficina capaz de atender e resolver o problema do veículo.

O procedimento de reboque é o mesmo? Mais ou menos. Esses veículos não podem ser rebocados  ou puxados - o resgate de um carro elétrico deve ser feito em guinchos do tipo plataforma, aquele em que o veículo vai somente em cima do caminhão, e jamais puxado com duas rodas no chão.

O motivo: ao ser movimentado, os motores mesmo sem bateria podem funcionar como geradores e enviar energia de volta. Esse processo pode causar superaquecimento do sistema elétrico ou danos à bateria.

André Deliberato André Deliberato, jornalista e engenheiro, atua na área automotiva desde 2008, com passagens pela assessoria de imprensa da Volkswagen e pelas redações da revista Car and Driver, do portal UOL, e Webmotors. Já fez mais de 500 testes e cobriu pouco mais de 20 Salões do Automóveis ao redor do mundo.
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