Andamos com o Jeep Renegade, que chega em abril; confira
Novo modelo é o primeiro SUV compacto da marca
O primeiro SUV compacto da Renagade já está sendo vendido nos Estados Unidos, onde pudemos experimentar e entender a proposta do modelo na prática. No Brasil, o veículo já está sendo feito na nova fábrica da Jeep em Goiana (PE), e chega, no máximo, no início de abril às lojas do país.
Vamos logo à pergunta que está na ponta da língua de todos: o Renegade é mais SUV compacto com carinha de mau, mas que só é bom mesmo para andar na cidade, ou realmente tem as raízes Jeep? A resposta é sim, ele é um autêntico Jeep. Aliás, esse foi o grande desafio dos envolvidos no projeto, conforme nos disse o diretor de marketing e produto da Jeep nos Estados Unidos, Jim Morrison. “Precisávamos ter certeza de que esse novo projeto traria a verdadeira herança da marca Jeep, algo que os clientes esperavam encontrar nele. É um carro com muita capacidade para o "fora de estrada" e, ao mesmo tempo, econômico, dinâmico e com acabamento superior.”
Ao volante do Renegade, a primeira percepção é muito boa quando pensamos na expectativa de quem vai querer levá-lo para o "fora de estrada" de verdade. A condição para o motorista é a aquela esperada para um utilitário, com banco que apoia bem, volante maior e espelhos retrovisores grandes, para citar algumas características. No Brasil, o Renegade irá contar com três versões de acabamento: Sport, Longitude e Trailhawk.
A versão para o off-road de verdade é a Trailhawk, posicionada como topo de linha e que traz o sistema de tração integral Active Drive Low, com opções para cada tipo de terreno: areia, pedra, terra ou neve, e a automática. O resultado é que o Renegade pode encarar aquelas trilhas que só os mais preparados conseguem superar.
Outra característica é que o Renegade nos engana quanto ao espaço interno quando o observamos somente por fora. O desenho mais quadrado e compacto não entrega o bom espaço interno, com muito conforto para cabeça, ombro e pernas para todos os passageiros. Junto a isso, deu para confirmar a outra intenção da Jeep, que é a de entregar muita robustez, mas sem decepcionar quem procura as características tradicionais de carro urbano. O Renegade tem espaço, acabamento cuidadoso e, anote mais essa: é bem servido de tecnologia para segurança e conforto. Oferece até sete airbags, controles de tração e estabilidade, freio de estacionamento elétrico, teto solar com painéis que podem ser removidos, além de um sistema multimídia com navegador e comandos na tela sensível ao toque.
O modelo que experimentamos estava equipado com o motor 2.4 movido a gasolina – que no Brasil equipa o Fiat Freemont - e transmissão automática de nove velocidades. O Renegade brasileiro não vai utilizar esse motor, por isso minha atenção nesta avaliação foi mais para o isolamento interno, por exemplo, que também é elogiável. Tanto na estrada quanto na cidade, ele roda firme e silencioso. Ou seja, vai agradar quem espera o conforto de carro de passeio.
No Brasil, a Jeep vai oferecer duas opções de motor: o 1.8 E-torque flex de 132 cavalos de potência e 18,9 Kgfm de torque com etanol (que já equipa modelos da Fiat no Brasil ), e o 2.0 turbodiesel de 170 cavalos e 35 Kgfm de torque. Para acompanhar, contará com três opções de transmissão: manual de cinco velocidades e automática de seis ou nove velocidades.
O Renegade, independentemente do fator novidade, impressiona bem. No caso da versão testada nos Estados Unidos, a receita acertada da suspensão, a direção com assistência elétrica, motor e transmissão formaram um conjunto com ótima dirigibilidade ao se tratar de um SUV. Mesmo andando rápido, inclusive em curvas mais agudas de serra, o carro reagiu firme e muito seguro. Agora é cuidar bem da apresentação para o consumidor brasileiro. A expectativa é a de que o Renegade tenha preços no Brasil a partir de R$ 65 mil na versão 4X2.