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Anfavea celebra imposto para carros elétricos; GM e Abeifa criticam

Veja reação da Anfavea (associação das montadoras), da GM (que faz parte da Anfavea) e da Abeifa (associação dos importadores)

11 nov 2023 - 10h31
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Santiago Chamorro, presidente da GM, e o Chevrolet Bolt EUV: 900 km com uma carga de bateria e zero emissão de CO2
Santiago Chamorro, presidente da GM, e o Chevrolet Bolt EUV: 900 km com uma carga de bateria e zero emissão de CO2
Foto: GM / Linkedin / Guia do Carro

O novo Imposto de Importação para carros elétricos e híbridos, anunciado pelo governo na sexta-feira, 10, dividiu as opiniões do setor automotivo. A Anfavea (associação das montadoras tradicionais), a GM (que faz parte da Anfavea) e a Abeifa (associação dos importadores) divulgaram notas.

“O longo período de isenção foi importante e suficiente para a introdução dessas tecnologias no Brasil e o aumento gradual do Imposto permitirá ainda a importação desses veículos sem grandes impactos nos próximos anos”, disse a Anfavea.

Depois de um longo período de lobby, no qual tentou de todas as formas retardar a criação de um mercado de carros zero emissão ou baixa emissão de CO2, a Anfavea conseguiu seu objetivo.

“O mais importante dessa medida é a sinalização de que a produção local de veículos eletrificados será uma grande realidade do ponto de vista da concorrência internacional”, disse a Anfavea.

A associação disse que endossa a chegada dos novos impostos por que o objetivo “é garantir um horizonte de previsibilidade para tradicionais e para novos fabricantes”.

A General Motors (GM), única das montadoras tradicionais que já decidiu que não fabricará carros a combustão no Brasil a partir de 2035, criticou a volta do Imposto de Importação.

“O retorno do imposto para importação de veículos elétricos, neste momento, tende a desacelerar a adoção em massa dos carros zero emissão no país”, disse a GM. “Com um mercado ainda incipiente, precisamos antes estimular a adoção tecnológica em escala para que, logo em seguida, possamos justificar investimentos locais para a fabricacao de elétricos por aqui.”

A GM tem posição alinhada com a da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), primeira entidade a se manifestar contra o Imposto de Importação e as cotas estabelecidas pelo governo.

A Abeifa – que sofreu baque similar em 2012, quando veio a supertaxação dos importados –, disse que mais uma vez foi punida pelo governo. 

“A proposição de aplicação imediata (janeiro de 2024) da nova política de alíquota do imposto de importação para veículos elétricos e híbridos, ainda que faseada até julho de 2026, com 35%, é por demais punitiva ao nosso setor”, disse a Abeifa.

A entidade, que reúne importadores e alguns fabricantes, disse que o novo imposto chegou “quando as nossas associadas já estruturaram seu planejamento estratégico/comercial para o próximo ano, além de ter produção em andamento em suas matrizes, unidades em trânsito por via marítima e até compromissos já firmados com as redes autorizadas de concessionárias para os primeiros meses do ano vindouro”. 

O resultado disso, segundo a Abeifa, será “sobretaxação nas primeiras unidades a serem comercializadas em 2024, em prejuízo aos importadores, mas em especial aos consumidores finais”. Ou seja: os preços dos híbridos e elétricos vão aumentar – e era esse o desejo da Anfavea, que saiu vitoriosa na questão.

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