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Anfavea pedirá ao governo 35% imediato para os carros chineses

Anfavea quer mais proteção e pedirá antecipação de impostos para carros elétricos e híbridos, previstos para 2026

26 jun 2024 - 10h58
(atualizado às 14h37)
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BYD King: sedã híbrido plug-in importado da China chegou mais barato do que o Toyota Corolla Hybrid
BYD King: sedã híbrido plug-in importado da China chegou mais barato do que o Toyota Corolla Hybrid
Foto: BYD/Divulgação

O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, está buscando uma agenda com representantes do governo federal para pedir a atencipação imediata do imposto de 35% para carros elétricos e híbridos. O valor é previsto para julho de 2026, segundo a lei instituída pouco antes do Programa Mover, criado pelo Governo Lula com participação da Anfavea e outras entidades do setor.

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores representa as montadoras tradicionais e defende principalmente (nesse tema) as posições da Stellantis, GM, Volkswagen, Toyota e Renault. Na ocasião do primeiro aumento a GM foi contra, mas agora está a favor da antecipação. Segundo um porta-voz da Anfavea, o motivo é o crescimento das vendas de carros eletrificados, mesmo com as atuais alíquotas de 10% para elétricos e 12% para híbridos.

A Anfavea também recebeu “alertas” do exterior, notadamente da União Europeia, que vai taxar algumas montadoras chinesas com o argumento de que recebem subsídios do governo da China. Alguns fabricantes chineses, como a BYD, rebatem essa informação e dizem que o incentivo foi geral, há anos, e que isso estimulou a concorrência entre eles. Nos Estados Unidos, os carros chineses foram taxados em 100%.

A ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico) reagiu, por meio de entrevista de seu presidente, Ricardo Bastos, ao Guia do Carro, pedindo que o calendário de impostos não mude.

O mesmo porta-voz da Anfavea disse que a entidade não pensa em pedir um “super IPI”, como houve no InovarAuto (Governo Dilma Rousseff), quando o imposto para carros importados foi de 30% + 11% flex + 13% gasolina (motor até 2.0) ou + 25% (motor acima de 2.0). Márcio de Lima Leite manifestou publicamente o desejo de aumentar os impostos para 35% num seminário da revista AutoData, na terça-feira, 25.

De acordo com a Anfavea, o setor automotivo precisa de “previsibilidade”, por isso a entidade lutou pela volta das alíquotas, que têm um escalonamento a cada seis meses, chegando a 35% em julho de 2026 (veja abaixo o calendário e os valores).

Calendário dos impostos de importação para carros híbridos e elétricos no Brasil
Calendário dos impostos de importação para carros híbridos e elétricos no Brasil
Foto: Podcast Fórum do Guarujá / Guia do Carro

Segundo o consultor automotivo Marcelo Cavalcante, até o dia 22 de julho as duas principais empresas chinesas de carros eletrificados haviam vendido 42,4 mil unidades, todas importadas – 30,6 mil da BYD e 11,8 mil da GWM. As duas empresas já anunciaram que fabricarão carros elétricos e híbridos no Brasil, mas o início da produção da GWM já foi adiado três vezes.

Para driblar o calendário do aumento das alíquotas de importação, a BYD tem feito um grande esforço de antecipação de seus carros vindos da China. Segundo algumas fontes, a montadora chinesa já importou 60 mil carros no primeiro semestre, para poder manter os preços quando as alíquotas subirem, a partir de 1º de julho.

Guia do Carro
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