Após problemas, Boeing retoma entregas de 787 Dreamliners
A Boeing retomou as entregas de seu jato de alta tecnologia 787 Dreamliner nesta terça-feira, dando fim a um período de quase quatro meses em que era incapaz de fornecer novas aeronaves a clientes em função de preocupações com a segurança do sistema de bateria.
A entrega do primeiro jato com um sistema redesenhado de bateria marca uma reviravolta na crise do Boeing 787, permitindo que a fabricante de jatos registre em seu balanço a receita com as vendas completas do jato, que custam US$ 207 milhões a preço de catálogo.
Mas retomar as entregas vai reduzir a margem de lucro da Boeing no curto prazo. Os 787 que estão sendo entregues fazem parte de um grupo inicial de aeronaves, cuja fabricação é mais custosa e que foi vendido com forte desconto para atrair clientes.
As entregas vão melhorar o fluxo de caixa da Boeing neste ano, no entanto, e vão reduzir seus estoques, algo que investidores têm aguardado enquanto impulsionam o preço de sua ação. O papel da Boeing fechou com alta de 1,42% nesta terça-feira, para US$ 96,11.
A Boeing disse que entregou um novo Dreamliner à All Nippon Airways nesta terça-feira, sua segunda entrega do ano. A primeira aeronave foi entregue antes de 16 de janeiro, quando os reguladores proibiram voos com a frota mundial de Dreamliners após duas baterias de íon lítio superaquecerem e emitirem fumaça em dois jatos separados naquele mês.
A Boeing também reafirmou nesta terça-feira que espera cumprir sua meta de entregar cerca de 60 787s Dreamliner neste ano.