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Avaliação: Fiat Fastback Abarth em 1.200 km até Tiradentes, MG

Viajamos 1.200 km nas estradas paulistas e mineiras com o esportivo mais legal do Brasil, o Fiat Fastback Abarth Turbo 200 de 185 cv

6 mar 2024 - 05h50
(atualizado às 08h16)
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Fiat Fastback Abarth: 1.200 km até Tiradentes, cidade histórica mineira
Fiat Fastback Abarth: 1.200 km até Tiradentes, cidade histórica mineira
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

O Fiat Fastback Abarth é o carro esportivo mais legal do Brasil. Mais longo do que o Pulse Fastback e mais potente do que o Volkswagen Polo GTS, ele ganha em charme, desempenho e porta-malas (516 litros) de seus raros rivais nacionais.

Ele provou suas qualidades numa viagem de 1.200 km entre as cidades turísticas de Guarujá, SP, e Tiradentes, MG, passando por vários tipos de estrada – das boas e com piso liso até as péssimas, cheias de buraco, além de trechos de paralelepípedos.

Nesta viagem dividimos a condução várias vezes, dentro do espírito da seção “Ele Dirige, Ela Dirige”. É uma seção que faz sucesso entre os leitores porque traz a opinião distinta entre um homem (nesse caso, jornalista automotivo) e uma mulher (nesse caso, uma agente de viagens).

Roteiro da viagem, que começou no Guarujá, chegou a Tiradentes e voltou a São Paulo
Roteiro da viagem, que começou no Guarujá, chegou a Tiradentes e voltou a São Paulo
Foto: Google Maps / Guia do Carro

O visual do Fastback Abarth é a primeira isca que este Fiat – que não tem nenhum logotipo da Fiat – joga para quem se aproxima do carro. Numa parada para abastecimento em Tiradentes um frentista disse: “Que carro bacana, esse Abarth é de qual marca?”

“É um Fiat, amigo, Abarth é a marca esportiva da Fiat”, dissemos. Foi uma grande surpresa para o cidadão, que está acostumado com outros tipos de Fiat: Uno, Palio, Argo, Siena, Cronos, Mobi, Strada e Toro, principalmente.

A Fiat tem ouro na mão com este carro. Melhor dizendo, a Fiat soube transformar o Fastback em ouro. O carro empolga não apenas no design, mas também no interior. Os bancos são esportivos e confortáveis. Foram 16 horas de viagem e os bancos dianteiros (únicos utilizados) não provocaram dor ou cansaço.

Fiat Fastback Abarth em viagem de 1.200 km
Fiat Fastback Abarth em viagem de 1.200 km
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

A posição de dirigir é ótima e, nas trocas de motorista, bastava subir o assento em dois estágios (para ela dirigir) ou descer em dois estágios (para ele dirigir). O volante tem ótima empunhadura e o botão vermelho “Poison” (que encurta a marcha) foi usado em momentos esporádicos.

A borboleta grande também permitiu fáceis e precisas antecipações manuais, quando era necessário reduzir uma ou duas marchas para ultrapassar com mais velocidade e mais segurança. Cerca de 400 km do roteiro foram feitos em estradas de pista simples estreitas e sinuosas.

Essas estradas são a SP-052, a MG-158, a MG-460, a MG-383, a BR-354, a BR-494 e a infame BR-265. Na volta, além de enfrentar novamente os buracos e perigos da BR-265, viajamos a maior parte do tempo na Rodovia Fernão Dias (BR-381).

Fiat Fastback Abarth em viagem de 1.200 km
Fiat Fastback Abarth em viagem de 1.200 km
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

Vale lembrar que o Fiat Fastback Abarth combina o motor 1.3 Turbo 200 de 4 cilindros com a transmissão automática de 6 marchas.  Isso faz grande diferença, diante de tantos câmbios CVT enfadonhos que existem nos carros atuais.

A potência de 185 cv (quase sempre utilizamos etanol) ou 180 cv (com gasolina) é a garantia de boas arrancadas (0 a 100 km/h em 7,6 segundos) e boa velocidade final nas ultrapassagens (máxima de 220 km/h).

Mas o maior mérito é do turbocompressor que entrega os 200 Nm de torque em rotações muito baixas (a partir de 1.750 rpm). Assim, conseguimos rodar quase o tempo todo com o ponteiro do conta-giros na casa de 2.500 rotações, o que deixou o carro agradável e até econômico.

Fiat Fastback Abarth em viagem de 1.200 km
Fiat Fastback Abarth em viagem de 1.200 km
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

Não podemos deixar de mencionar o agradável ronco grave nessa condução mais maneira. Também digna de elogio é a resposta muito rápida do pedal do acelerador; qualquer solicitação com o carro rodando acima de 1.750 giros já engrossa o ronco e proporciona boa aceleração.

A tração do Fastback Abarth é dianteira e uma leve tendência a sair de frente só aparece se as curvas forem mais fechadas contornadas em velocidades muito altas (menos do que o Pulse Abarth, porém). A suspensão está bem ajustada. Chegamos a fazer curvas a 165 km/h sem nenhum problema em alguns raros momentos.

A rolagem da carroceria é quase imperceptível numa condução rápida sem exageros. Claro que na cidade de Tiradentes, que é calçada em pedras irregulares, a suspensão dura e os pneus de perfil baixo exigiram paciência. Não dá para passar de 15 km/h.

Fiat Fastback Abarth em viagem de 1.200 km
Fiat Fastback Abarth em viagem de 1.200 km
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

Mas foi notável, em todos os tipos de estrada e piso, o bom acerto da direção (bem direta), da suspensão e dos freios (não sentimos falta de disco na traseira, rodando em dois e com o bagageiro cheio, mas longe do peso máximo, que é de 400 kg).

Nas serras, o sistema de freios também se mostrou confiável e o bom casamento da direção com a suspensão proporcionou prazer ao dirigir. Os sistemas de segurança Adas são eficientes e podem ter o nível de assistência configurados em três níveis.

Outro ponto positivo foi a vida a bordo. O Fiat Fastback Abarth tem ótima multimídia, conectividade Android Auto e Apple CarPlay, painel de instrumentos fácil de ler, acabamento condizente com a proposta do carro e três porta-objetos com ar-condicionado: porta-luvas, console central e carregador por indução.

Fiat Fastback Abarth em viagem de 1.200 km
Fiat Fastback Abarth em viagem de 1.200 km
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

O espaço para objetos nas portas, entretanto, é péssimo. Até mesmo uma simples garrafinha pet de água precisa ser espremida para caber. Nossas garrafinhas Stanley? Nem pensar. A Fiat deveria fazer como a BYD e colocar uma rede nas portas, para acomodar melhor os objetos.

Em alguns locais “afastados da civilização” sentimos falta de um navegador por GPS.  Já em outros, como a pavorosa BR-265, no trecho mineiro entre Lavras e Tiradentes, seria melhor ter pneus de perfil mais altos do que os 215/45 R18 que equipam o Fastback Abarth. São tantos os buracos na pista que, mesmo dirigindo com cautela, passamos alguns apuros, como dar de frente com caminhão na curva e ter uma cratera à frente.

Fiat Fastback Abarth em viagem de 1.200 km
Fiat Fastback Abarth em viagem de 1.200 km
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

Talvez o Fiat Fastback Abarth não seja muito adequado para rodar no dia a dia da cidade, especialmente se for um lugar com calçamento irregular. Mas, para viajar, é um carro perfeito. E o melhor: nem é tão caro, comparando com o que existe no mercado. Vale a pena pagar R$ 160.990 pelo Fastback Abarth.

CONCLUSÃO

Opinião do Quinta: “Adorei a resposta do acelerador e o ronco do motor em baixas rotações, bem como a firmeza da suspensão e o ajuste da direção, bem direta. Eu compraria”.

Opinião da Cris: “Os bancos são muito confortáveis e você nem percebe que está num carro esporte. Aliás, percebe sim, quando você chama para o desempenho e ele responde prontamente, permitindo ultrapassagens com segurança”.

Guia do Carro
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