Avaliação: Renault Megane E-Tech em 5 pontos positivos e 3 negativos
Rodamos durante uma semana com o Renault Megane E-Tech, crossover elétrico de R$ 279.900 importado da França
O Renault Megane E-Tech é a reinvenção do modelo francês. Antes uma família de carros que tinha hatch, sedã e até monovolume (Scenic), o novo Megane é um crossover elétrico que inaugura a nova fase da Renault no Brasil.
Veja a seguir 5 pontos positivos e 3 negativos do Renault Megane E-Tech em sua configuração única, que custa R$ 279.900. Neste link estão todos os equipamentos do crossover elétrico e a ficha técnica.
O QUE NÓS GOSTAMOS
O design é inspirador. Muito mais elegante do que o Volvo XC40 (R$ 339.950) e muito mais impactante do que o Volkswagen ID.4 (R$ 239.760 em 24 meses de assinatura, sem compra), o Renault Megane agrada bastante no aspecto visual.
O conjunto motor-bateria tem a medida certa. Com 162 kW de potência e 300 Nm de torque, o motor entrega desempenho suficiente para boas arrancadas e viagens rápidas. Com 60 kWh de capacidade, a bateria permite um alcance (real) de pelo menos 380 km (número que obtivemos).
Para quem quer números familiares, estamos falando do equivalente a 220 cavalos de potência e de uma aceleração de 0 a 100 km/h em bons 7,4 segundos, com máxima de 160 km/h para não gastar muita energia.
O sistema de regeneração de energia é excelente. A borboleta atrás do volante serve para aumentar ou diminuir o nível de renegeneração nas reduções de velocidade em três níveis, com fácil visualização no quadro de instrumentos.
Além do ótimo sistema de regeneração de energia, o Renault Megane E-Tech oferece quatro modos de condução: Eco, Sport, Comfort e Perso. O ajuste pode ser feito por meio de um botão no próprio volante de direção, como nos carros da Porsche.
O comportamento dinâmico do Renault Megane E-Tech é muito bom. A Renault fez muito bem ao resistir à tentação de colocar rodas enormes no carro. Com as rodas aro 18, o Megane pode receber pneus 195/60, que deixaram a rodagem bem confortável.
O carro tem o centro de gravidade baixo e faz curvas melhor do que os celebrados modelos da BYD, mesmo com a suspensão elevada em quase 2 cm.
O Megane E-Tech elétrico tem ótimo espaço interno. O design dianteiro dá muito mais mobilidade para as pernas de quem vai no banco do passageiro. Atrás o espaço também é suficiente e o porta-malas carrega 440 litros de bagagem, com um compartimento especial para o carregador elétrico.
O QUE PODE MELHORAR
Três alavancas do lado direito do volante de direção é um exagero. Não à toa, em várias ocasiões mexemos na alavanca de câmbio achando que era o limpador de parabrisa e no limpador de parabrisa achando que era a alavanca de câmbio. E há ainda uma terceira alavanca para o áudio. Tentaram copiar a Mercedes, mas não ficou bom.
A alavanca de câmbio que põe o Megane E-Tech em movimento (para frente ou para trás) às vezes parece ter vida própria, pois não responde de imediato com um leve toque, o que leva o motorista não ter certeza se o carro está ligado (“ready”) ou não.
Durante toda a utilização do Megane elétrico não vimos um único eletroposto público da Renault. O que salvou nossa experiência foi um carregador de 22 kW instalado pela Volvo num supermercado Pão de Açúcar. Se a Renault vende carros elétricos, deveria ter eletropostos públicos nas estradas e nas cidades.