BMW iX2 e Mini Countryman S E: destaques "verdes" da semana
Conheça as novidades lançadas neste meio de semana que prometem agitar e fazer crescer ainda mais o mercado de veículos elétricos no Brasil
Duas novas opções 100% elétricas e muito boas surgem no setor automotivo brasileiro para quem quer e gosta de rodar de forma sustentável, econômica e limpa
A BMW fez um evento neste meio de semana para lançar quatro novos carros no Brasil, sendo dois de sua própria marca, BMW, e dois da Mini - empresa britânica que pertence ao BMW Group desde os anos 1990.
Foram dois automóveis movidos por motores a combustão e dois totalmente elétricos, um de cada marca. A Mini mostrou o novo Cooper S e o Countryman S E, ambos de nova geração. O SUV Countryman era híbrido e, agora, passa a ser mais um modelo 100% elétrico disponível ao consumidor brasileiro.
Já na linha BMW a grande estreia foi a novíssima geração do X2, SUV-cupê construído sobre a mesma base do X1, mas com visual mais esportivo e jovial. Ao lado do X2 estava justamente o iX2, sua versão totalmente elétrica - e, na humilde opinião deste repórter, a variante mais legal da irmandade.
Mini Countryman S E e BMW iX2, por serem "primos", compartilham peças, detalhes e, principalmente, o conjunto mecânico, composto por dois motores elétricos, posicionados um em cada eixo, que podem entregar 306 cv de potência e 50,3 kgf.m de torque, além de oferecerem sistema de tração integral.
Curiosamente, nos dois modelos, há um boost de 10 segundos que pode fazê-los atingir um pico de 313 cv. Mas há diferenças nos números de desempenho e também nos de recarga entre eles.
Os dois são vendidos com carregador rápido portátil
O alcance do carro da Mini, segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro, é de 320 quilômetros. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 5,8 s e a máxima é de 180 km/h.
No caso do iX2, a autonomia sobe para 337 quilômetros. De acordo com a fabricante, ele consegue fazer de 0 a 100 km/h em 5,6 segundos, portanto 0,2 segundo mais rápido, apesar do mesmo trem-de-força. A velocidade máxima é a mesma.
Para carregar iX2 ou Countryman S E, a BMW diz que são necessários apenas 29 minutos em postos de recarga de corrente contínua (DC) de pelo menos 130 kW - em tomadas de 100 kW, aproximadamente 38 min.
Já no wallbox chamado de Flex Charger que vem junto com os carros, de 11 kW, os carros pedem cerca de 6h30. Já em tomada de 220V, o tempo pode chegar perto das 10h. Seria algo como quase espetá-los na tomada ao chegar em casa e retirá-los com a carga de bateria totalmente cheia pela manhã.
E o preço?
É aí que está o ponto. Apesar de usagem o mesmo conjunto, há um "gap" de quase R$ 150 mil entre os valores de cada um, o que mostra que o Mini tem apelo mais popular que o iX2, mais voltado ao luxo.
O Mini Countryman S E custa a partir de R$ 294.990 na versão inicial Exclusive e sobe o pedido para R$ 339.990 na configuração mais cara, chamada Top.
Já o SUV-cupê da BMW - bem maior que o "primo", importante dizer - cobra R$ 443.950 pela versão única em que é oferecido. São R$ 103.960 de diferença em relação ao Countryman mais caro e R$ 148.960 ante a versão mais barada do carro da Mini.
De uma forma ou de outra, nascem novos concorrentes aos atuais compradores de carros elétricos dessa faixa de valor, como Volvo C40 e XC40, Renault Megane E-Tech e BYD Seal, entre outros.
André Deliberato, jornalista e engenheiro, atua na área automotiva desde 2008, com passagens pela assessoria de imprensa da Volkswagen e pelas redações da revista Car and Driver, do portal UOL, e Webmotors. Já fez mais de 500 testes e cobriu pouco mais de 20 Salões do Automóveis ao redor do mundo.
