Calmon: Chevrolet S10 2025 recebe mudanças estéticas e mecânicas
Primeira picape média fabricada no Brasil (1995), Chevrolet S10 recebeu modificações externas, internas e no trem de força
Em fase de pré-lançamento, a Chevrolet S10 2025, primeira picape média fabricada no Brasil (1995), recebeu modificações externas, internas e no trem de força. Não se trata de nova geração, mas uma mudança marcante disponível em maio. A estratégia de pré-venda agrega três versões, todas de cabine dupla e com itens sem custo adicional como protetor de caçamba e uma divisória para acomodação de carga.
As maiores mudanças foram na parte dianteira: grade de radiador, capô, para-lamas, para-choque, logotipos, faróis e lanternas agora em LED. Há novos pneus e rodas de liga de alumínio, estas com maior offset, o que permitiu pequeno aumento das bitolas. Para-lama traseiro e acabamento inferior das portas também mudaram. Atrás, as lanternas são iguais, mas com iluminação parcial em LED.
Interior recebeu a central multimídia de 11 pol. mais moderna com Wi-Fi nativo, portas USB-A e USB-C, já existente no monovolume Spin, que se junta ao quadro de instrumentos digital de 8 pol. Agora o volante é regulável em altura e distância. Bancos dianteiros mais anatômicos e melhora nos apoios laterais complementam as mudanças, incluindo isolamento acústico melhorado.
Motor diesel Duramax ganhou 7 cv e 1 kgf·m (207 cv/52 kgf·m), ficou até 13% mais econômico e com menor nível de ruído. Graças também ao novo câmbio automático, que passou de seis para oito marchas, o consumo homologado Inmetro é de 9,5/11.4 km/l (cidade/estrada). Preços se mantiveram: R$ 281.900 (Z71), R$ 292.800 (LTZ) e R$ 302.900 (High Country).
Produção de veículos estagnou no primeiro trimestre
De janeiro a março o Brasil fabricou 538.000 unidades entre veículos leves e pesados, um aumento simbólico de 0,4% em relação ao mesmo período de 2023. Independentemente da sazonalidade o resultado não é bom, mas a Anfavea espera recuperação nos próximos trimestres e manteve sua previsão de que 2024 apresentará crescimento de 6% sobre o ano passado.
A produção não depende apenas das vendas internas (alta de 9,1%) em razão do comportamento das exportações que ficaram 28% menores. Também houve aumento das importações apesar da greve do Ibama nos portos. No primeiro trimestre deste ano a participação de veículos do exterior no mercado brasileiro foi de 17,5%, a maior dos últimos quatro anos.
Apesar da base comparativa muito baixa os veículos elétricos puxaram a venda dos importados no primeiro trimestre, porém o ritmo pode diminuir em razão do aumento do imposto para modelos sem produção local. Até meados de 2026 a taxa atual de 15% estará em 35%, mas por outro lado tornará rentável a fabricação no Brasil, mesmo que baterias e motores continuem vindo do exterior.
De janeiro a março ficou assim a distribuição (%) das vendas entre automóveis e comerciais leves: gasolina, 4,5; elétricos, 2,9; híbridos, 2,4; híbridos plugáveis, 2,1; flex, 78,1 e diesel, 10. Deve-se notar que os dois tipos de híbridos somados, 7.476 unidades no primeiro trimestre, ainda estão 22% acima dos 6.132 elétricos no mesmo período.
Os estoques totais nas fábricas e concessionárias atingiram 36 dias, em março contra 35, em fevereiro. Isso apesar de promoções e incentivos que estimularam a demanda, provocando estabilização ou até queda de preços em alguns modelos e versões.
Um estudo do Webmotors entre usuários da sua plataforma apontou que 83% dos entrevistados têm a intenção de comprar ou trocar de carro em 2024. Entre estes 22% visam um modelo zero quilômetro, 60% um usado e 18% ainda estão em dúvida.