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Calmon: Toyota Corolla abre caminho para motores flex na Índia

Índia é o segundo maior produtor mundial de cana de açúcar e o quarto maior de etanol, por isso a Toyota insiste num Corolla Flex híbrido

24 jan 2025 - 15h00
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Toyota Corolla brasileiro exposto no Salão de Nova Déli 2025
Toyota Corolla brasileiro exposto no Salão de Nova Déli 2025
Foto: Toyota / Guia do Carro

Embora os EUA sejam o maior produtor de etanol no mundo (a partir de milho) e usem o combustível em mistura com a gasolina, lá e universalmente batizado de E10 (E, de ethanol, em inglês, ou seja, mistura de 10% com gasolina), o Brasil é o segundo produtor mundial do combustível vegetal (anidro e hidratado). Somos também o principal fabricante de motores flex que podem usar desde E0 até E100.

A Índia, porém, é segundo maior produtor de cana de açúcar e quarto maior de etanol. Daí o interesse da Toyota do Brasil em apresentar, pela segunda vez, um sedã Corolla Flex híbrido, no atual mais populoso país do mundo, desta vez no Salão do Automóvel de Nova Déli, encerrado no último dia 22. Indianos mostram interesse em utilizar etanol, tanto na mistura com gasolina quanto em motores flex.

O país do sul da Ásia vê com bons olhos o combustível vegetal pois admite uma longa e factível neutralidade de carbono para 2070, ou seja, em 45 anos. Trata-se de decisão inteligente em relação à grande parte do chamado primeiro mundo, atabalhoado com prazos curtos demais.

Essa “pressa” tem trazido frustrações e, no fundo, atrapalham caminhos serenos e bem planejados, que deveriam pautar o crescimento ordenado de veículos com motores elétricos.

Estande da Toyota no Salão do Automóvel de Nova Déli 2025
Estande da Toyota no Salão do Automóvel de Nova Déli 2025
Foto: Toyota / Guia do Carro

Abeifa: balanço positivo das vendas em 2024

Seis das dez marcas que compõem a Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores) alcançaram crescimento em 2024. O percentual foi de 141%, porém a base comparativa muito baixa explica em grande parte números tão vistosos, focados em veículos elétricos e híbridos, que apresentam hoje participação limitada no mercado nacional. No total 104.729 unidades foram comercializadas, das quais 1.683 produzidas no Brasil. A participação somada das associadas no mercado nacional foi de 4,2%.

Marcelo Godoy, presidente da entidade, admite incertezas sobre o ano de 2025. Ainda assim, estima que este segmento deve crescer 5% em relação a 2024. Sua estimativa é de que os elétricos subirão dos atuais 2% no mercado brasileiro de veículos leves para 7% em 2030, previsão factível. Ele mostrou descontentamento em relação ao aumento de imposto de importação e da perda de alguns incentivos estaduais sobre elétricos e híbridos.

No entanto, relembro, este é o cenário atual dominante no exterior, por limitações orçamentárias dos países.

Um dos diretores da entidade, José Luiz Gandini, disse que a alternativa é produzir no Uruguai. E confirmou estudos para montagem do SUV Kia Sportage, seu modelo mais vendido, no país vizinho, onde a empresa Nordex tem instalações de porte. E mostrou otimismo pelo acordo fechado com a RX Global, organizadora do próximo Salão do Automóvel, no complexo Distrito Anhembi, capital paulista, de 22 a 30 de novembro próximos. Outros importadores, igualmente, ficarão estimulados a participar do evento.

Grupo BMW terá 15 lançamentos em 2025

No ano em que comemora 30 anos da chegada ao Brasil, com fábrica de automóveis desde 2014 (Araquari – SC), a BMW fará 15 lançamentos, incluídos os da marca inglesa Mini e da divisão de motos com instalações em Manaus (AM) desde 2016. Sedã Série 3, de fabricação catarinense, continua como modelo premium mais vendido no País e o compacto X1, entre os SUVs. Em 2024 vendeu o recorde de 17.733 unidades (BMW e Mini).

O grupo alemão, presidido no País pela mexicana Maria Escobedo, prefere não revelar previsão exata de crescimento das marcas para este ano, mas um intervalo de 3% a 5%. “Neste primeiro trimestre teremos o X3 M50, nosso primeiro híbrido básico com bateria de 48 V e o elétrico Mini Aceman. O novo X5 PHEV, primeiro híbrido plugável brasileiro, que estreou no ano passado, terá agora 12 meses completos de vendas. Linha M, como um todo, avançou 50% em 2024”, afirmou.

Escobedo pontuou que vai esperar desdobramentos do amplo acordo comercial, anunciado recentemente entre Mercosul e União Europeia, para comentar sobre o futuro.

A BMW sempre defendeu que forças de mercado devem decidir o futuro da eletrificação, sem direcionamentos forçados. No ano passado, o grupo vendeu no mundo 2,45 milhões de automóveis, dos quais 17% elétricos.

Guia do Carro
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