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Caoa Chery quase dobra volume e dá lição para Peugeot e Citroën

Caoa Chery bate recorde de vendas, cresce 93,6%, ultrapassa as marcas francesas e agora tem o tamanho da soma das duas

10 jan 2025 - 08h04
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Caoa Chery Tiggo 7 Sport: um dos maiores sucessos comerciais de 2024
Caoa Chery Tiggo 7 Sport: um dos maiores sucessos comerciais de 2024
Foto: Caoa Chery / Guia do Carro

Quem observa o ranking de vendas das montadoras em 2024 dificilmente vai lembrar que há apenas um ano, no balanço de 2023, a Caoa Chery estava atrás da Peugeot e da Citroën e que as três marcas vendiam praticamente a mesma quantidade de carros: 31,5 mil, 34,9 mil e 32,3 mil, respectivamente.

Afinal, a Caoa Chery hoje ocupa a 11ª posição no ranking e fechou o ano com 60,9 mil carros vendidos – quase o dobro do ano passado. Mais do que isso: sozinha, ela vendeu quase a mesma quantidade que a dupla francesa, que ficou estagnada na faixa de 30 mil carros.

A Caoa Chery pulou do 12º para o 11º lugar porque também foi surpreendida pela BYD, que ocupou a última posição do top 10. A Peugeot despencou do 10º para o 16º lugar com 28,1 mil vendas. A Citroën caiu do 11º para o 13º, mas aumentou um pouco seu volume, para 33,9 mil unidades.

A Caoa Chery dá uma lição para Peugeot e Citroën. Há pouco tempo, a Stellantis pretendia colocar as duas marcas no top 10 e somar 5% do mercado. Porém o mercado mudou muito e as marcas francesas – apesar de terem bons produtos – não conseguiram se adaptar.

Problemas todas elas tiveram. A Caoa Chery estava meio estagnada com uma crise entre o braço brasileiro e o braço chinês. Mas a situação foi resolvida pelo jovem executivo Carlos Alberto de Oliveira Andrade Filho, que abriu mão das marcas chinesas Omoda e Jaecoo e tratou de usar a ousadia que herdou de seu pai, Dr. CAOA, o fundador.

O Tiggo 7 Sport foi a grande sacada da Caoa Chery em 2024. Mesmo sem tirar equipamentos essenciais, a Caoa Chery passou a oferecer o Tiggo 7 Sport por um preço imbatível, 50 mil reais abaixo da versão de entrada do Jeep Compass. No final do ano a Jeep teve que baixar o preço do Compass Sport em 30 mil reais para manter a liderança da categoria.

Carlos Alberto de Oliveira Andrade Filho: Caoa Chery quase dobrou o volume em um ano
Carlos Alberto de Oliveira Andrade Filho: Caoa Chery quase dobrou o volume em um ano
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

Do lado da Stellantis, enquanto Emanuele Cappellano herdava a promessa feita por seu antecessor, Antonio Filosa, a Peugeot teve problemas com o fluxo de importação da Argentina, devido a greves em órgãos públicos. O Peugeot 2008 Turbo estreou como sucesso de crítica, por ser um ótimo carro, mas vende menos do que o defasado Renault Duster.

A Citroën fez dois lançamentos: o C3 Aircross, um interessante SUV de 5 ou 7 lugares com motor 1.0 turbo, e o Basalt, uma variação cupê com um preço muito competitivo, mas pobre em equipamentos e acabamento. Ambos vendem menos do que o Tiggo 8, que é muito mais caro.

A Peugeot, de alguma forma, ficou mais distante do público brasileiro, embora seja a marca da Stellantis que tem os melhores produtos. Os carros são bons, mas sempre alguma coisa impede boas vendas. 

A Citroën perdeu sua característica de dirigibilidade ao adotar o estilo Fiat de suspensão e optou por carros bem espartanos. Pelo preço, as vendas deveriam ter decolado. Mas não decolaram. Até porque a Fiat continua sendo a marca que entrega quase todo o outro da Stellantis no Brasil – e Cappellano não pode abrir mão disso.

No caso da Caoa Chery, a aposta foi o contrário: fortalecer a imagem de marca próxima dos brasileiros, inclusive com a inauguração de um novo Centro de Distribuição de Peças perto de São Paulo.

“Estamos felizes com nosso crescimento em 2024 e muito animados com o futuro da parceria entre Caoa e Chery”, disse Carlos Alberto de Oliveira Andrade Filho, presidente da Caoa. “Em 2025, teremos mais lançamentos e um foco ainda maior na melhoria da experiência do cliente Caoa Chery.”

Destaques da Caoa Chery

Considerando só os automóveis de passeio, a Caoa Chery terminou o ano com 3,13% de participação. Mas, no geral, contando também os comerciais leves, a participação da montadora sino-brasileira é de 2,45%. O crescimento em vendas em 2024 foi estrondoso: 93,6%, segundo a Fenabrave. 

A família Tiggo 7 registrou o impressionante crescimento de 387% com relação ao acumulado do ano anterior. Foram 30.897 unidades vendidas em 2024 contra 6.350 veículos em 2023, que garantiram a 12ª posição no ranking de vendas dos SUVs.

O Tiggo 5X acumulou 20.144 unidades comercializadas em 2024, que lhe deram a 17ª colocação entre os utilitários esportivos. Comparando com 2023, o Tiggo 5X cresceu 40%. Já a família Tiggo 8, renovada com o lançamento do Tiggo 8 Pro, em agosto, também cresceu, acumulando 9.750 unidades licenciadas (+2%).

Qual foi a lição da Caoa Chery para Peugeot e Citroën? Não adianta apenas fazer carros baratos e tirar deles a sensação de qualidade. É preciso economizar em pontos que não afetam diretamente a usabilidade e a percepção do cliente. 

Guia do Carro
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