Carros elétricos não vão prejudicar distribuição de energia
Frota de carros elétricos não vai causar impacto significativo na distribuição de energia no País, indica estudo
Muitas pessoas se preocupam com os possíveis impactos que uma grande frota de carros elétricos no Brasil pode provocar na rede de distribuição de energia, já que o País enfrentou problemas sérios nessa área recentemente.
Mas, de acordo com um estudo encomendado pela General Motors junto à consultoria Kearney, esse impacto seria inferior a 3%, imaginando que o Brasil siga o movimento de crescimento contínuo da frota de carros elétricos.
Assim, de acordo com o estudo, é possível estimar uma frota de 5,5 milhões de carros elétricos em 2035, e esse total de veículos responderia por um consumo de 2% a 3% de toda a eletricidade produzida no País.
“Vale destacar que aproximadamente quatro em cada cinco usuários de carro elétrico costumam carregar seus veículos em casa, à noite, quando o consumo de energia na rede é menor, pois é o período em que boa parte das pessoas repousa, indústrias param e comércios fecham”, explica Glaucia Roveri, gerente de desenvolvimento de infraestrutura de veículos elétricos da GM América do Sul.
“O próximo passo na evolução será que este tipo de automóvel poderá fornecer energia para alimentar residências e a própria rede elétrica em horários de pico, por exemplo, reduzindo ainda mais o risco de sobrecarga no sistema, mesmo com uma frota mais numerosa de carros elétricos em circulação pelo Brasil”, completou.
Os consumidores também se preocupam com o custo da recarga do carro elétrico. Como o preço da energia varia de acordo com a localidade, com a faixa de consumo e até o horário, a melhor alternativa é comparar o consumo do veículo com o de eletrodomésticos.
Assim, se o consumo de um carro a combustão é calculado em função da capacidade de combustível (litros) do seu tanque, no caso da bateria de um carro elétrico, a capacidade de armazenamento de eletricidade é expressa em kWh (quilowatts-hora).
O Chevrolet Bolt EV, por exemplo, tem bateria de 66 kWh e roda, 459 km, em média (ciclo WLTP) com uma carga completa. Ou seja, para “encher o tanque” do carro elétrico é preciso usar a energia equivalente ao consumo mensal de uma geladeira de porte intermediário (das mais eficientes).
Seguindo a média do consumidor nacional, que roda cerca de 1.200 km por mês (ou 40 km por dia), o dono de um carro elétrico gasta aproximadamente 170 kWh para recarregar a bateria do carro. Isso equivale à eletricidade utilizada por um computador de mesa (desktop) durante o mês.