Carros europeus podem ter tarifa zero na Índia após tarifaço de Trump nos EUA
União Europeia negocia com a Índia forte redução para carros elétricos, mas as montadoras locais querem pelo menos 30% de tarifa
Após a hecatombe que foi o tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump, vários países começam a reagir para manter a indústria automobilística em seu ritmo atual de produção. A agência Reuters noticiou nesta segunda-feira, 4, que a União Europeia negocia com a Índia uma forte redução nas tarifas de importação.
Segundo fontes da Reuters, a UE busca tarifa zero da Índia sobre importações de carros elétricos. Isso pode favorecer empresas montadoras europeias, como Mercedes, BMW e Volkswagen, mas também e francesa Renault e a sueca Volvo, e até mesmo a Tesla, uma montadora estadunidense.
Mas talvez não seja tão simples. A tarifa atual é de 100%, o que levou a Stellantis a produzir na Índia o Citroën e-C3 totalmente elétrico, numa versão mais simples do que o carro vendido na Europa. Fontes afirmam que o primeiro-ministro Narendra Modi está aberto a um corte gradual até 10%.
Montadoras indianas, entretanto, estão reagindo. A Tata e a Mahindra, duas potências automotivas da Índia, propõem tarifa mínima de 30% sobre importações limitadas, ou seja, com cotas.
“Os cortes de tarifas serão uma vitória para as montadoras europeias, como a Volkswagen, Mercedes-Benz e BMW, ampliando seu acesso à Índia”, noticiou a Reuters. “Também pode ser uma vitória para a Tesla, de Elon Musk, que começará a vender veículos elétricos importados na Índia este ano, provavelmente de sua fábrica em Berlim.”
No último sábado a montadora britânica Jaguar Land Rover, que pertence ao Grupo Tata, indiano, anunciou que suspendeu as vendas de carros nos Estados Unidos, em represália às tarifas de 25% impostas por Trump. O mercado estadunidense compra atualmente um a cvada quatro carros produzidos pela JLR.
Siga o Guia do Carro no YouTube