Catalisador: saiba como evitar problemas em períodos de chuva
O motorista precisa ficar atento às condições das vias neste período e à localização do catalisador no veículo para evitar danos
Verão é sinônimo de chuva na maior parte do País. Por conta disso, podem acontecer ocorrências como enchentes, alagamentos e inundações. São situações que podem aumentar o risco de acidentes, problemas na estrada e até mesmo causar avarias no carro e em componentes como o catalisador.
Por isso, é importante que os motoristas sempre tomem algumas precauções para garantir que o catalisador não seja danificado. A Umicore, empresa especialista em tecnologias para redução de emissões tóxicas e uma das principais fabricantes de catalisadores automotivos do mundo, preparou algumas dicas que podem evitar problemas desse tipo.
Inicialmente, é importante saber distinguir como os catalisadores vêm acoplados no veículo. Stephan Blumrich, vice-presidente da Umicore, explica que há dois tipos de montagens: perto do motor e sob o assoalho. “O primeiro tipo é muito menos exposto do que o segundo”, afirma.
A partir disso, o primeiro passo é estar atento às condições de dirigibilidade das vias, principalmente se o catalisador estiver localizado sob o assoalho do veículo. “Impactos causados por estradas desniveladas ou em um mal estado de conservação podem acarretar a quebra da cerâmica do componente em carros que possuem a peça nesta posição”, observa o executivo.
“Em casos de grandes choques, é importante levar o veículo para uma revisão não só do catalisador, mas dos pneus, rodas e itens da suspensão”, adverte Cláudio Furlan, gerente de vendas sênior da Umicore.
Quando o motorista passa por locais alagados por um curto período, o contato da água fria com a superfície quente do conversor por poucos segundos pode gerar um choque térmico para o conversor. “Entretanto, acredito ser pouco provável que o catalisador seja danificado nesta situação”, avalia Blumrich.
O vice-presidente da Umicore relata que o verdadeiro problema nesta situação pode acontecer se a água entrar no tubo de escape e alcançar o catalisador. “A água irá vaporizar dentro da colmeia catalítica, que é muito quente. Como consequência, a camada catalítica será destruída”, relata.
“Catalisadores equipados perto dos motores estão menos propensos a passar por esse tipo de situação, pois a água precisaria invadir o compartimento do motor, o que também causaria muitos outros danos”, diz.
Para evitar esses problemas, Blumrich recomenda que o motorista evite passar por locais inundados pela água ou, pelo menos, passar por eles na primeira marcha, de modo devagar, mantendo o motor acelerado o tempo todo. Claudio Furlan também explica que, caso seja necessário realizar a troca do catalisador, o consumidor precisa verificar a procedência do componente, ou seja, se ele é homologado pelo Inmetro.
O selo do Instituto é a garantia de que a peça é de qualidade. “Um equipamento não confiável não será capaz de converter os gases poluentes, ou seja, não reduz a poluição, e possui uma vida útil muito inferior a outros produtos corretamente certificados”, pontua. “Como consequência, o cliente terá que retornar ao centro automotivo para verificar o ocorrido e trocar novamente o catalisador”, acrescenta.