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Chefão da Stellantis diz que não aceita mudar prazo dos elétricos

Enquanto a Volkswagen sofre prejuízos com os carros elétricos, a Stellantis diz estar pronta e quer avançar na eletrificação total

19 set 2024 - 09h49
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Carlos Tavares: "O aquecimento global não é mais um problema?"
Carlos Tavares: "O aquecimento global não é mais um problema?"
Foto: Stellantis / Guia do Carro

Algumas montadoras falharam miseravelmente na transição dos carros a combustão para os carros elétricos e agora existe um lobby – especialmente na Alemanha – para retardar a eletrificação total. Isso atenderia (e muito) às necessidades da Volkswagen, mas a Stellantis já disse que é contra.

Carlos Tavares, chefão global da Stellantis, quase deu um soco na mesa ao falar sobre essa questão. A imagem do “soco na mesa” é apenas para ilustrar sua irritação com a tentativa de mudar o prazo estabelecido para os elétricos. Tavares falou duro. Disse que a Stellantis se preparou com medidas impopulares e foi criticada por isso.

Tavares ironizou ao lembrar que foi o aquecimento global que levou à mudança na indústria automotiva: “Meus carros estão prontos, minhas equipes estão prontas e nossas fábricas estão prontas. Por que adiar? O aquecimento global não é mais um problema?”

Claro que é. Cada vez mais. Especialmente em países como o Brasil. Acontece que a indústria não contava que a China iria tomar a dianteira nesse mercado e que os chineses passariam a comprar marcas do próprio país, que entenderam o “novo mundo” e os desejos dos novos clientes.

Plano de lançamento de carros 100% elétricos divulgado pela Stellantis há dois anos
Plano de lançamento de carros 100% elétricos divulgado pela Stellantis há dois anos
Foto: Stellantis / Guia do Carro

Uma das ações da Stellantis foi fazer uma parceria estratégica com a Leapmotor para produzir carros elétricos chineses na Europa e (possivelmente) também na América do Sul. Por isso, Tavares é contra o adiamento das novas regras de emissões de CO2 na Europa.

“Há anos sabemos que seriam implementados limites mais rigorosos e nós trabalhamos arduamente para estarmos preparados”, disse o execuitivo português. “Mudar as cartas alguns meses depois do sinal verde para este novo desafio não é correto.”

Guia do Carro
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