Chevrolet Montana RS 1.2 Turbo: avaliação, notas e veredicto

Guia do Carro avaliou o Chevrolet Montana RS 1.2 Turbo, que tem motor 1.2 turbo de 133 cv, câmbio AT6 e custa R$ 152.840

Sergio Quintanilha

11 set 2023 - 06h00

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Avaliamos o Chevrolet Montana RS com o motor 1.2 turbo flex. Trata-se da versão topo de linha, com design esportivo celebrado pela GM. Rodamos com a Nova Montana RS na cidade e na estrada. Veja a seguir como a picape se saiu nos critérios que consideramos fundamentais para uma boa compra.

Desempenho – A primeira coisa que o consumidor precisa saber sobre a Nova Montana RS é que não se trata de uma picape esportiva, mas sim com design esportivo. Portanto, o desempenho é o mesmo das outras versões equipadas com o motor 1.2 turbo flex de 133/132 cv (etanol/gasolina) e 210/190 Nm de torque (e/g). O câmbnio é automático de 6 marchas.

Mesmo assim, dentro de sua categoria, o desempenho é muito bom. A escolha do motor foi uma decisão acertada, pois ele comparece na maioria das solicitações. Somente quando se faz um “kick down”, ou seja, quando se pisa forte no pedal do acelerador em baixas rotações, a resposta é um pouco lenta.

Sentimos um “espasmo” na passagem da terceira para a quarta marcha. A Nova Montana RS é 7 décimos mais lenta do que o Chevrolet Tracker RS, que usa o mesmo motor e é 62 kg mais leve, na prova de 0 a 100 km/h.

Consumo – Com etanol, a Nova Montana RS consume 17% a mais do que usando gasolina. Em muitos casos, portanto, vale a pena abastecer com etanol, pois ela faz 7,7 km/l na cidade e 9,3 km/l na estrada. Com gasolina, faz 11,1 km/l na cidade e 13,3 km/l na estrada. Ganhou nota B no Inmetro.

Dirigibilidade – O Chevrolet Montana RS nem parece uma picape rodando; seu comportamento dinâmico é muito mais próximo ao do SUV Tracker, da própria Chevrolet. Porém ela é 35 mm mais alta em relação ao solo. A Engenharia da GM se esforçou bastante para conseguir um bom equilíbrio com a suspensão traseira por eixo de torção.

Apesar das pretensões esportivas no design, a Nova Montana RS é a única picape média compacta que não tem suspensão traseira independente. Isso, às vezes, cobra um preço. Os freios traseiros são a tambor, mas não sentimos dificuldade nas frenagens realizadas.

Conforto – Com exceção da oscilação vertical em pisos ruins, a Nova Montana RS é confortável ao rodar. Os itens visuais dão um aspecto agradável à picape, não só por fora, mas também por dentro. Não chega a ser uma picape sofisticada, como algumas versões do Fiat Toro, mas é bem construída. Como a suspensão não tem acerto esportivo, o rodar é macio.

Outro item de conforto é a segurança. O Chevrolet Montana 2023 tem seis airbags de série, controle de tração e estabilidade, ajuste de altura e profundidade no volante, bancos revestidos de couro e câmera traseira para manobras.

Usabilidade – É preciso entender a proposta do Chevrolet Montana para comprar esta picape. A ideia da GM não é oferecer um veículo que carregue muito peso, como uma picape tradicional, mas sim uma picape que carregue mais volume. Como se fosse um SUV crossover com caçamba.

Na caçamba, portanto, cabem 874 litros, ou seja, 481 litros a mais do que cabe no porta-malas do SUV Tracker. A carga útil, porém, é de 600 kg (apenas 190 kg a mais do que o Tracker). A Nova Strada, da Fiat, mesmo com porte menor, carrega 650 kg. E o Fiat Toro, com quem a GM diz competir, carrega 750 kg.

Conectividade – A multimídia MyLink de 8” é facílima de conectar, tem Android Auto e Apple CarPlay sem cabos e carregador de smartphone por indução. Para além disso, a GM oferece o serviço OnStar, que pode ser útil em várias situações.

Notas

Desempenho - 7 (muito bom)

Consumo - 8 (muito bom)

Dirigibilidade - 9 (ótimo)

Conforto - 9 (ótimo)

Usabilidade - 10 (ótimo)

Conectividade - 10 (ótimo)

Veredicto