Chevrolet Tracker chega ao Brasil a partir de R$ 71.990
Apenas em versão "premium", o SUV compacto disputará mercado com o Ford EcoSport Titanium, que tem motor 2.0 l
A Chevrolet anunciou oficialmente nesta quarta-feira seu modelo para disputar mercado com o Ford EcoSport e Renault Duster. Desenvolvido na Coreia do Sul e fabricado no México, o Tracker chega ao alcance do consumidor brasileiro de SUVs neste mês, com motor bicombustível Ecotec de 1.8 l, direção hidráulica, transmissão automática, sistema multimídia e rodas de 18 polegadas em alumínio. Com este pacote, a marca mira o segmento mais "premium" entre os utilitários, já que o carro não sairá por menos de R$ 71.990.
O nome Tracker fazia parte do portfólio da marca no Brasil até 2010, quando saiu de linha e
retorna agora à América Latina, embora em outros mercados o SUV seja chamado de Traxx. No Brasil, o carro disputará com a versão Titanium do EcoSport, que tem motor 2.0 l. Apenas em duas configurações, o Tracker "topo de linha" se diferencia pelo teto solar elétrico e por mais quatro airbags (de lateral e cortina), com preço sugerido de R$ 75.490.
Na parte de segurança, o carro é equipado com freios ABS e distribuição eletrônica da força de frenagem (EBD), além de assistente de frenagem em caso de pânico e dois airbags na versão de entrada. No console central, destaca-se o sistema multimídia MyLink com tela LCD sensível ao toque de sete polegadas, embora ela não seja "muito" sensível - é preciso apertar a tela, não apenas tocar.
Com 144 cavalos de potência quando abastecido com etanol, o propulsor Ecotec faz o utilitário esportivo acelerar de zero a 100 km/h em 11s5 e atingir velocidade máxima de 189 km/h. Os números são um pouco melhores que o EcoSport, que faz a mesma aceleração em 12s5 e chega até 180 km/h. Segundo a Chevrolet, 90% do torque máximo de 18,9 kgfm estão disponíveis com 2.200 RPM. A transmissão automática de seis velocidades tem opção de mudanças no modo manual sequêncial.
Com 4.248 mm de comprimento, o Tracker é 40 mm maior que o EcoSport e tem entre-eixos 34 mm mais longo. No entanto, o espaço no porta-malas é menor: 306 litros, ante 362 litros do modelo rival. Se os bancos forem rebatidos, a capacidade passa para 735 litros. O espaço também é o diferencial para distanciar os possíveis clientes da Captiva, que fica acima de R$ 90 mil, mas poderia ser a "mãe" ou "irmã mais velha" da Tracker.
A Chevrolet afirma que ainda não tem ´previsão de quando chegará ao País uma versão de entrada do modelo, que custaria em torno de R$ 55 mil. A aposta é mesmo no segmento "premium". Mesmo com expectativa de vender de 8 mil a 10 mil unidades por ano, o que representará a maioria da cota de importação sem acréscimo de IPI dentro do novo regime automotivo, a produção nacional ainda não está nos planos também. Se essa demanda se confirmar, é possível que outros modelos percam espaço na cota, como o Sonic.