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Confira alguns mitos e verdades sobre o motor flexível

Especialistas garantem que propulsor não vicia com apenas um tipo de combustível e que o primeiro abastecimento pode ser tanto com gasolina quanto com etanol

30 mai 2014 - 20h59
(atualizado em 31/5/2014 às 11h28)
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Foto: Divulgação

Quem possui um carro flexível certamente já ouviu algumas suposições a respeito dessa tecnologia. Algumas verdadeiras e outras até exageradas. Há quem pense que a preferência por um único combustível pode viciar o propulsor ou que esse tipo de motor é mais econômico do que um movido a somente gasolina, por exemplo.

Confira alguns mitos e verdades a respeito desse tipo de motor bi-combustível e algumas dicas que podem preservar seu funcionamento.

1) Quando o carro estiver abastecido com etanol, é preciso que ele todo termine antes de reabastecê-lo com gasolina?

Segundo o diretor do Sindirepa, o sindicato das reparadoras automotivas, César Samos, esse hábito não tem fundamento. “Tanto o motor quanto o sistema de injeção são projetados para funcionar com os dois tipos de combustível ao mesmo tempo”.

2) Por que a autonomia e o desempenho são diferentes dos de um motor movido a somente um tipo de combustível?

O gestor de operações da WeCare Auto, consultora de serviços automotivos, Carlos Alberto Moncau, explica que essa diferença ocorre devido à taxa de compressão, que varia entre gasolina e etanol. “O etanol exige uma taxa maior e a gasolina uma taxa menor. Quando o motor é monocombustível, a taxa utilizada é a que melhor se adequa ao combustível trazendo a melhor relação entre potência e autonomia. Já no motor flex, é utilizada uma taxa intermediária que atendae aos dois combustíveis”.

3) Abastecer o veículo somente com um dos tipos de combustível pode viciar o motor?

Samos garante que não, porém, faz uma ressalva. “Aconselho que, ao trocar o combustível, o motorista rode pelo menos 10 quilômetros antes de desligar o veículo para que o sistema reconheça a mudança de combustível e evite problemas na próxima partida”.

4) O etanol rende mais potência do que a gasolina?

De acordo com Moncau, sim. E há outra vantagem. “O etanol é um combustível renovável e menos poluente que a gasolina”. 

5) O primeiro abastecimento do veículo deve ser com gasolina?

O diretor do Sindirepa diz que não. “O sistema flex funciona com qualquer um dos combustíveis desde antes de rodar pela primeira vez”.

6) Em veículos flex há dois tanques, um para cada tipo de combustível?

Os especialistas explicam que não. É o mesmo tanque para etanol e gasolina.

7) Só é necessário trocar a gasolina do tanquinho auxiliar quando o carro estiver abastecido com etanol?

Não. A troca é necessária devido ao envelhecimento do combustível, que pode oxidar após algum tempo. Independentemente do combustível que estiver abastecendo o veículo naquele momento. “Essa gasolina velha no tanquinho pode gerar mais borra na queima e entupir a tubulação”, alerta Moncau.      

8) É necessário fazer um “rodízio” de combustíveis? Ou seja, abastecer uma vez com etanol, outra com gasolina e vice-versa?

De acordo com os especialistas, como o motor flex é preparado para funcionar com qualquer proporção de mistura, esse hábito é dispensável.

9) O motor flex é mais econômico do que um propulsor movido a somente um combustível?

Ao contrário do que sugere, não. O profissional da WeCare Auto explica que Os motores flex são na verdade menos econômicos na questão autonomia. “Eles foram projetados para trabalhar com dois combustíveis, em qualquer proporção de mistura, o que faz com que eles gastem mais combustível do que os veículos monocombustivel”.

10) Há algum cuidado específico para preservar a durabilidade desse motor?

Os especialistas explicam que os cuidados são os mesmos de um motor padrão, ou seja, manter as revisões periódicas em dia e ficar atento às luzes indicadoras no painel.

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Fonte: Terra
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