Conheça o novo carro da equipe Nissan na Fórmula E em 2025
Com mais potência, novo carro de Fórmula E da equipe Nissan traz pintura com homenagem ao Japão e vai de 0 a 100 em apenas 1,86 segundo
A 11ª temporada da Fórmula E fez a sua estreia no início deste mês na cidade de São Paulo (SP). E a capital paulista foi palco de muitas novidades na principal categoria de carros elétricos do automobilismo mundial. Apesar de não ter conquistado um lugar no pódio, a equipe Nissan chegou a liderar grande parte do e-Prix de São Paulo.
A equipe japonesa também estreou uma série de novidades na temporada 2024/2025 da Fórmula E. Uma delas foi o novo carregador de 600W, que permite recuperar 10% da carga da bateria em apenas 30 segundos. Esse recurso também estreia na temporada atual da categoria, e funciona como um pit stop de reabastecimento.
Outra novidade é a estreia dos carros da Gen 3 Evo, uma evolução da terceira geração dos monopostos do Campeonato ABB FIA de Fórmula E. O novo carro teve melhorias em aerodinâmica e mudanças de design na parte frontal. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em apenas 1,86 segundo, o que torna o carro da Fórmula E o mais rápido de todas as categorias da FIA.
A Nissan estreou na Fórmula E na Temporada 5 (2018/2019). A marca adquiriu a escuderia e.dams em 2022, assumindo o controle total da equipe. A Nissan também fornece os motores elétricos para a equipe McLaren na Fórmula E e estará presente na próxima geração (Gen 4) da Fórmula E, que estreia em 2026.
As carrocerias são padrões para todas as equipes da categoria, que conta inclusive com a presença de outras marcas, que não estão na Fórmula 1. No entanto, a parte traseira conta com exclusividades de cada equipe. No caso da Nissan, o sistema de tração e-4orce dos carros de rua ajudou a equipe a desenvolver a tecnologia para os carros da categoria.
Os pneus também são novos, e ganharam até 10% a mais de aderência. Eles são padrões para todas as equipes, e são fornecidos pela Hankook. Visualmente, eles se parecem bastante com pneus de rua. Por falar em estilo, o carro da equipe Nissan ainda conta com pintura na cor vermelha e um layout que inclui desenhos de flores de cerejeira, uma árvore típica e símbolo do Japão.
O destaque, porém, é a estreia do sistema de tração integral, que é acionado nas largadas e no novo Modo Ataque, um modo que libera potência extra por um tempo limitado durante a corrida. Ao todo, os carros da Fórmula E oferecem 350 kW (475 cv) de potência. Já a velocidade máxima é de 322 km/h.
Além disso, os novos motores e freios regenerativos de 600 kW também conseguem recuperar até 50% da energia necessária para uma corrida sem a necessidade de reabastecimento. A equipe de pilotos da Nissan deste ano é formada pelo inglês Oliver Rowland, que já pilotou para a equipe entre 2018 e 2021 e retornou em 2023, e pelo francês Norman Nato, que retorna à equipe após uma temporada na Andretti.
Completa o trio o brasileiro Sérgio Sette Câmara, piloto reserva e de simulador. Com passagens pela Fórmula 2, Fórmula 3 Europeia, Fórmula E e Fórmula 1 como piloto titular e de testes, o brasileiro de 26 anos ajudará a Nissan a desenvolver melhorias para o atual carro e os das próximas temporadas.
Na primeira etapa da atual temporada, a equipe Nissan chegou a liderar a corrida com Oliver Rowland, até que algumas penalidades impediram que a equipe pontuasse. Rowland se classificou para a primeira fileira da largada, em segundo, e Norman largou em sexto. O piloto inglês largou bem e conquistou a liderança.
Enquanto isso, o francês Nato estava em uma briga acirrada por uma posição valendo pontos e teve de lutar para atravessar o pelotão até que uma penalidade de drive-through (passagem pelos boxes) foi imposta a ele por excesso de potência, fazendo com que caísse na classificação.
Depois de mudar de posição durante a fase do “Modo Ataque”, Rowland recuperou a liderança um pouco antes de a prova ser interrompida pela bandeira vermelha. Infelizmente, devido ao timing da interrupção, Rowland perdeu mais de dois minutos de sua potência extra e foi relegado à segunda posição na relargada.
Entretanto, ele chegou a recuperar a liderança e se distanciou do pelotão que o perseguia, até receber mais uma penalidade de drive-through por excesso de potência. Após mais uma bandeira vermelha e uma outra penalidade por um erro de posicionamento na relargada, Nato terminou a corrida em 13º lugar, seguido por Rowland em 14º.