Crônica do Dia: adeus ao Ford Fiesta, criado para a Europa
Com 18 milhões de unidades vendidas e após 47 anos de produção, Ford Fiesta sairá definitivamente de linha em 2023 e não deixará um sucessor
Nessa semana, a Ford confirmou que irá encerrar a produção de modelos como o Fiesta, Focus e Mondeo para ter focos em SUVs como o Puma e um crossover elétrico que está sendo concebido junto com a Volkswagen, por meio de um acordo de cooperação válido para modelos elétricos, autônomos e utilitários.
Os britânicos souberam da informação pela BBC porque o Fiesta foi o primeiro projeto conjunto da Ford Europa, no qual a equipe de engenheiros alemães e ingleses foram capazes de projetar um hatchback compacto capaz de concorrer com o VW Golf em sua ofensiva de conquistar o mercado europeu.
Em 1976, a Ford dava liberdade para suas subsidiárias projetarem carros de acordo com os gostos do mercado local. No Reino Unido, a Ford projetou o Cortina e o Capri neste modo. O Ford Fiesta foi um dos primeiros projetos no qual a engenharia anglo-alemã foi capaz de projetar um carro pequeno para atender a Europa e o mercado da então Comunidade Comum Europeia.
Isso surgiu em um momento em que a alemã Volkswagen lançou os modelos Golf, Passat e Polo. A Fiat italiana apostava no modelo 131 para atender o mercado, enquanto a Renault ia com os modelos 4 e 5 para o gosto francês. Os britânicos não tinham muito a oferecer além de atender a demanda local com o Austin Allegro e o Rover 3500.
O Ford Fiesta foi o único projeto britânico a atender o mercado europeu com a ajuda dos alemães com as mudanças pontuais e está no mercado por 46 anos ininterruptos até a sua produção ser encerrada em 2023 para que as fábricas da Ford na Europa estejam adequadas para fabricar carros elétricos até 2026.
Adeus Fiesta!
