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Eletrificados crescem, mas ABVE alerta para risco de retrocesso

Presidente da ABVE, Ricardo Bastos, comemora momento positivo para os carros híbridos e elétricos, mas vê notícias ruins e faz um alerta

3 jul 2024 - 19h43
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Ricardo Bastos, presidente da ABVE: “Não nos parece cabível que esses veículos venham a ser taxados como se fossem produtos que fazem mal à saúde ou ao meio ambiente, o que absolutamente não é o caso”
Ricardo Bastos, presidente da ABVE: “Não nos parece cabível que esses veículos venham a ser taxados como se fossem produtos que fazem mal à saúde ou ao meio ambiente, o que absolutamente não é o caso”
Foto: ABVE / Guia do Carro

Ao analisar o desempenho dos carros híbridos e elétricos em Junho 2024 e no primeiro semestre no mercado brasileiro, a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico) viu  “ótimos números”, uma “boa notícia” e “más notícias”. Por isso, o presidente da ABVE, Ricardo Bastos, alerta para o risco de retrocesso.

“Os ótimos números do semestre se somam a algumas boas e más notícias para a eletromobilidade no Brasil”, disse a ABVE em nota, que prosseguiu nos seguintes termos.

“A boa notícia é a sanção pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no último dia 27 de junho, do importante Programa Mover – a nova política automotiva brasileira, com foco em veículos de mais eficiência energética e sustentabilidade ambiental.”

“As más notícias ficaram por conta das novas alíquotas de aumento do Imposto de Importação dos veículos eletrificados, que entraram em vigor no dia 1º de julho.”

“Os BEV passaram de 10% (em 1º de janeiro de 2024) para 18%. Os híbridos plug-in PHEV, de 12% para 20%. E os HEV (híbridos não plug-in), de 15% para 25%. Todas as alíquotas devem chegar a 35% até julho de 2026, segundo o cronograma divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento (MDIC) no final do ano passado.”

“Outro fator de preocupante para o setor é a indefinição sobre as novas regras de segurança para prevenção de acidentes com carros elétricos lançada para consulta pública em abril pelo Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo.”

“A preocupação em torno dessas regras, que deverão ser definidas no segundo semestre do ano, afetou o mercado de recarga elétrica em edifícios residenciais e comerciais, e não só em São Paulo – estado responsável por 34% das vendas nacionais de eletrificados leves.”

“Os números de junho e do primeiro semestre confirmam o excelente momento da eletromobilidade no Brasil, mas temos de ficar atentos aos perigos de retrocesso na rota de descarbonização e eficiência energética da matriz brasileira de transporte”, disse o presidente da ABVE, Ricardo Bastos.

“Temos ouvido notícias preocupantes sobre a antecipação da alíquota de 35% do Imposto de Importação de veículos elétricos, que estava prevista pelo Governo Federal somente para julho de 2026”, acrescentou Ricardo Bastos. “Entendemos que, a se confirmar, essa antecipação configuraria uma lamentável quebra das regras estabelecidas há apenas seis meses pelo próprio governo.”

Outra preocupação da entidade é a eventual inclusão dos veículos elétricos no Imposto Seletivo, o chamado “imposto do pecado”. Para a ABVE, não faz sentido incluir os veículos elétricos nessa categoria.

“Os veículos elétricos são produtos de alto grau de tecnologia, que contribuem para a redução da poluição urbana, das emissões de gases do efeito estufa e dos altos níveis de ruído nas cidades brasileiras”,  disse o presidente da ABVE. “Eles são fatores decisivos para melhorar a qualidade de vida e diminuir as mortes associadas à poluição nas grandes cidades”.

“Não nos parece cabível que esses veículos venham a ser taxados como se fossem produtos que fazem mal à saúde ou ao meio ambiente, o que absolutamente não é o caso”, concluiu Ricardo Bastos.

Guia do Carro
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