Estudo garante: com EVs, Brasil terá ar mais limpo até 2027
Relatório do ICCT Brasil desta semana afirma que a maior adoção de carros elétricos (EVs) no país deve resultar em redução do efeito estufa
Se mais carros elétricos forem vendidos, melhor será a qualidade do ar. Para isso, as fabricantes precisarão investir em pesquisa e desenvolvimento para criarem tecnologias cada vez mais limpas
Um estudo do Conselho Internacional de Transporte Limpo (The International Council of Clean Transportation Brasil, conhecido como ICCT), publicado esta semana, garantiu que quanto maior adoção de carros elétricos no país, mais qualidade de ar teremos até 2027.
De acordo com o relatório, a maior adoção de EVs resulta diretamente na "significativa redução de emissões de gases de efeito estufa" - que são normalmente gerados por carros de passeio e comerciais leves.
Para consultá-lo, o estudo pode ser acessado por este link.
O trabalho feito pelo ICCT diz ter simulado 5 mil cenários para avaliar o potencial do Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover) - que foi aprovado em junho pela Câmara dos Deputados e aguarda sanção presidencial.
O Mover, vale lembrar, prevê incentivos financeiros de até R$ 19,3 bilhões em cinco anos e redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para estimular os setores de pesquisa e desenvolvimento de empresas de tecnologia, além de priorizar a produção de carros com menor emissão de poluentes.
Dentre os 5 mil cenários avaliados, existem alguns que podem reduzir as emissões em até 17,5% no caso de carros de passeio e 15% a emissão de veículos comerciais - isso se considerado, obviamente, o progressivo aumento de carros eletrificados.
Nestes cenários positivos, a participação de mercado de modelos 100% elétricos é de 12% - no acumulado de 2023, esse número foi de apenas 1%.
Isso posto, o que nos resta é aguardar a implementação do Programa Mover e saber quais serão as metas que o regulamento irá empregar para carros feitos no Brasil - é a partir disso que as fabricantes deverão, de fato, definir como serão suas estratégias de mercado e de tecnologia... Pelo menos até 2027.