Ford seria a marca número 1 do Brasil se estivesse na Abeifa
Com mais de 2,3 mil importados emplacados em setembro e um total que supera 19 mil unidades, Ford seria líder na Abeifa
A Ford deixou de fabricar carros no Brasil em 2021, mas já é a marca número 1 na venda de veículos importados, entre as montadoras sem produção local. Entretanto, a Ford não aparece na liderança de nenhum ranking porque não faz parte da Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores).
Com 2.379 emplacamentos em setembro, a Ford vendeu mais do que a badalada BYD, nova marca número 1 da Abeifa, que fez 2.137 registros. No acumulado do ano, seria um verdadeiro banho: 19.021 vendas para a Ford e 6.093 vendas para a BYD.
Mas a montadora estadunidense continua filiada à Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), embora não tenha mais produção local. Outra marca que estaria bem colocada na Abeifa seria a GWM, que ocuparia o 3º lugar em setembro.
Top 5 marcas da Abeifa
Sem a presença da Ford e da GWM, as marcas mais vendidas da Abeifa são, pela ordem: BYD, Volvo, Porsche, Kia e Land Rover. Veja no quadro abaixo como ficaria o ranking top 7 da Abeifa se a associação contabilizasse as vendas de todas as marcas que apenas importam veículos para o Brasil.
- FORD - 2.379 (posição projetada)
- BYD - 2.137
- GWM - 1.307 (posição projetada
- VOLVO - 498
- PORSCHE - 433
- KIA - 385
- LAND ROVER - 228
Segundo a Abeifa, em setembro as vendas de importados de suas filiadas somou 3.861 unidades, um crescimento de quase 110% em relação aos 1.840 veículos emplacados em 2022. É o efeito BYD, que aparece também nas vendas totais.
No acumulado de janeiro a setembro, os importados da Abeifa emplacaram 23.311 unidades, um crescimento de 80% em relação ao ano passado. Nessa época do ano o total em 2022 era de apenas 12.950 veículos.
No ranking da Fenabrave, a Ford ocupa o 13º lugar, atrás da Caoa Chery, e a GWM está em 18º, atrás da BYD.
O presidente da Abeifa, João Henrique Garbin de Oliveira, mostra preocupação com o possível aumento de imposto para carros elétricos e híbridos: “Acompanhamos com atenção os potenciais desdobramentos das discussões sobre o aumento do imposto de importação para estes produtos e o impacto deste na competitividade das marcas e no acesso dos consumidores a estas tecnologias”.