Funcionários da GM sul-coreana marcam greve para julho
Funcionários da General Motors na Coreia do Sul, importante base industrial para a montadora americana, vão iniciar uma greve parcial em 4 de julho em função de disputas sobre salários e planos de produção, afirmou um representante do sindicato nesta quinta-feira. A greve parcial ocorre durante as negociações salariais anuais que tiveram início em abril.
O presidente-executivo da GM, Dan Akerson, e outros executivos da montadora têm levantado preocupações sobre um novo aumento dos custos de trabalho, em parte por causa de ações judiciais movidas por trabalhadores sul-coreanos que seguem em andamento. O sindicato também se irritou com a decisão da GM de não produzir a próxima geração do compacto Cruze na Coreia do Sul, o que elevou temores sobre uma potencial reestruturação na unidade.
Na semana passada, 79% dos afiliados da entidade sindical votatam pela greve. A liderança do sindicato decidiu no fim da quarta-feira por uma greve parcial de seis horas no dia 4 de julho, e pela recusa temporária de horas extras e trabalho no fim de semana, afirmou Choi Jong-kah, porta-voz da entidade.
Ele disse que a continuação da greve dependerá do progresso nas conversas sobre salários. Os trabalhadores pedem um bônus equivalente a três meses de salário e um pagamento único de 6 milhões de won (US$ 5.300), assim como um aumento para 130.498 won no salário-base. Entre julho e setembro do ano passado, a GM da Coreia do Sul sofreu a sua maior greve desde que foi criada, em 2002, com a perda na produção de 40 mil veículos.
A GM sul-coreana fabrica mais de quatro a cada 10 veículos da marca Chevrolet vendidos no mundo, sendo responsável pelo fornecimento de quase todos os carros Chevrolet vendidos na Europa. A montadora também produz kits para a montagem de veículos na China e em outros países emergentes.
"As negociações salariais ainda estão em andamento. Esperamos acelerá-las para chegar a um acordo e evitar perdas de produção", disse o porta-voz da GM Korea Kim Byeong-soo, acrescentando que o pacto do salário anual era tradicionalmente fechado até o início de agosto. Em 28 de maio, a Hyundai, maior montadora da Coréia do Sul, iniciou negociações salariais anuais com o sindicato, que pede bônus equivalente ao salário de oito meses e uma extensão da idade de aposentadoria para 61 anos, entre outras reivindicações.