GM cita "incompetência e negligência" sobre casos de recall
Presidente da montadora, Mary Barry, disse que 15 funcionários que "agiram inapropriadamente" foram demitidos
A General Motors sofreu de "incompetência e negligência" ao lidar com um defeito na chave de ignição de veículos, que está ligado a pelo menos 13 mortes, disse a presidente-executiva, Mary Barry, nesta quinta-feira, mas ela não deu detalhes sobre como o problema perdurou por mais de 11 anos.
Com a maior montadora dos Estados Unidos começando a revelar os resultados de uma investigação interna, Barra disse que 15 funcionários que "agiram inapropriadamente" foram demitidos. Ela também não identificou os indivíduos, porém informou que mais da metade deles tinha cargos executivos ou seniores.
Barra, que atua como presidente-executiva há cerca de cinco meses, disse que foram tomadas ações disciplinares contra outros cinco.
Como esperado, a executiva confirmou que a GM começará em breve a indenizar as vítimas de acidentes relacionados ao defeito das chaves de ignição, que vem atormentando a companhia há mais de uma década.
Representantes da montadora disseram que o número de fatalidades relacionadas ao defeito na peça pode aumentar, mas acrescentou que Kenneth Feinberg, que está cuidando das indenizações às vítimas, vai determinar o número.
A Reuters publicou na segunda-feira que ao menos 74 pessoas morreram em acidentes similares àqueles que a GM ligou ao problema na ignição, com base em uma análise de dados do governo.
A GM fez o recall de 2,6 milhões de carros devido ao problema. Este recall, em conjunto a outros anunciados pela GM neste ano, já custou à companhia até agora cerca de US$ 1,7 bilhão.