Grupo Volkswagen teve lucro de 22,5 bilhões de euros em 2022
Com vendas globais de 8,5 milhões de veículos, marcas lideradas por Volkswagen, Audi e Porsche crescem no segmento de carros elétricos
O Grupo Volkswagen vendeu 8,5 milhões de veículos no mundo em 2022 e obteve um lucro operacional de 22,5 bilhões de euros. Isso significa um crescimento de 13% nos lucros, apesar de uma ligeira queda de 1% nas vendas.
Os números foram revelados nesta terça, 14, em Berlim. Em 2022, o faturamento do grupo também cresceu de forma consistente (+12% em relação a 2021), chegando a 279 bilhões de euros. As vendas de carros elétricos a bateria (BEV) cresceram 26% e novos modelos serão lançados em 2023.
Uma das razões do sucesso do Grupo Volkswagen em 2022 foi a operação na China. No maior mercado de carros elétricos do mundo, marcas como Volkswagen, Audi e Porsche cresceram em conjunto expressivos 68%.
O Grupo Volkswagen é controlado pela Porsche e reúne as seguintes marcas (principais): Volkswagen, Porsche, Audi, Seat, Skoda, Scout, Bentley, Lamborghini e Ducati. O grupo manteve a liderança de carros elétricos na Europa.
Oliver Blume, CEO do Grupo Volkswagen e da Porsche, disse: “2023 será um ano decisivo para avançar com nossa estratégia e acelerar o progresso dentro do Grupo”. Em termos globais, não há nenhuma dúvida de que a Volkswagen aposta todas as suas fichas na eletrificação.
Numa conversa com o Guia do Carro, num jantar em Berlim na noite anterior à conferência, Oliver Blume disse que “o Grupo Volkswagen certamente será um dos líderes globais do novo mundo de carros elétricos”.
Além de investir em novas famílias de carros elétricos – como os Volkswagen ID, os Audi e-tron e os Porsche elétricos – o Grupo Volkswagen dedica grande atenção à produção de baterias e carregadores elétricos por meio da nova empresa PowerCo, que tem Thomas Schmall (ex-CEO da VW do Brasil) na posição de Chairman.
A fábrica de Szalsgitter produzirá 240 GWh por ano. O Grupo Volkswagen espera ter 43.000 pontos de carregadores no mundo em 2030, sendo 18.000 pontos na Europa, 17.000 na China e 8.000 nos Estados Unidos e Canadá.
Segundo Schmall, a bateria representa atualmente 40% do custo de um carro elétrico. Desses 40%, a Volkswagen depende hoje 95% de fornecedores da Ásia. Por isso o Grupo investe na PowerCo e na SalzGiga (nome da fábrica alemã).
Quando tiver a escala necessária, a produção de baterias vai cobrir mais de 80% do portfólio de produtos do Grupo Volkswagen. Até 2033 deve haver uma redução de 30% nos custos. Além disso, haverá uma redução de 50% no tempo de lançamento de um novo carro elétrico.
Na marca Volkswagen, o próximo modelo previsto será o ID.2, um carro do porte do Novo Polo. Na marca Porsche, haverá um inédito SUV elétrico da categoria D (grande) a partir de 2027, mas antes disso três carros atuais ganharão versões 100% elétricas: Macan (2024), 718 Cayman/Boxster (2025) e Porsche Cayenne (2026). Para o Brasil, o carro mais cotado para ser o primeiro BEV é o Volkswagen ID.4.