GWM e governo de SP vão investir em postos de hidrogênio
Parceria tem como objetivo criar rota de abastecimento para veículos de carga movidos a hidrogênio no Estado de São Paulo
A GWM Brasil (Great Wall Motors) e o governador Tarcísio de Freitas divulgaram na terça-feira, 25, os planos da montadora de origem chinesa que preveem introduzir veículos de transporte carga movidos a hidrogênio no Brasil. O anúncio foi feito durante cerimônia ocorrida na fábrica da empresa em Iracemápolis (SP).
Por meio da parceria com o Governo do Estado de São Paulo, o projeto terá início com estudos de viabilidade de uma rota no Estado para veículos movidos a hidrogênio, identificação de potenciais parceiros para produção e fornecimento de hidrogênio a partir de fontes renováveis e o engajamento de universidades paulistas no processo de pesquisa e desenvolvimento (P&D) para novas rotas tecnológicas de descarbonização da mobilidade no Estado paulista.
O projeto terá a duração de um ano e contará com o apoio da InvestSP, agência de promoção de investimentos do Governo do Estado, para mapear e coordenar a interlocução entre os diferentes participantes da iniciativa privada e representantes do poder público.
Ressaltando seu comprometimento com a sustentabilidade e o desenvolvimento de novas tecnologias de mobilidade no Brasil, a GWM prevê ainda que todo o hidrogênio que será utilizado no abastecimento dos veículos deverá ser produzido no País utilizando preferencialmente fontes limpas e renováveis. Entre elas, por exemplo, está contemplada a possibilidade de utilização do etanol para a geração do hidrogênio.
É importante lembrar que embora muita gente defenda o uso do hidrogênio como opção de combustível limpo, o gás também pode ser obtido de fontes “sujas”, no caso, por meio da queima de gás natural. Para ser “verde”, o hidrogênio deve ser oriundo de fontes de energia limpa – eólica, solar ou do etanol.
A criação de uma rota paulista de veículos a hidrogênio faz parte dos projetos internacionais da GWM que estão alinhados com o compromisso global da empresa de atingir a neutralidade de carbono em todos os seus mercados mundiais até 2045.
“A GWM do Brasil pode inclusive contribuir para o atingimento dessa meta antes do prazo limite, devido ao protagonismo do Brasil na geração de energia elétrica renovável e forte vocação para a produção de biocombustíveis e hidrogênio verde”, declarou James Yang, CEO da GWM Américas
“São Paulo quer ser líder no processo de transição energética. Temos um grande potencial do Estado no etanol, que é a ponte para termos veículos movidos a partir de hidrogênio e que vão ser muito viáveis na questão de carga. Será uma revolução no transporte brasileiro, a tecnologia está aí e, com uma dose de incentivo, vamos ter usinas de etanol produzindo também o hidrogênio verde. Vamos fechando as pontas da economia circular e, no final, proporcionando essa grande revolução energética. Todo o Brasil vai ganhar muito com isso”, afirmou o Governador.