Já dirigimos o Mini Countryman Electric, que agrada em (quase) tudo
Segundo modelo 100% elétrico da história da Mini, o Countryman tem atributos e alcance que podem agradar o consumidor brasileiro
Demorou para o Mini Countryman ganhar uma versão 100% elétrica, mas ela chegou muito mais evoluída do que o Mini Cooper elétrico que era vendido no Brasil desde 2022. Em fevereiro publicamos as primeiras impressões do novo Mini Countryman John Cooper Works 2.0 All4. Agora chegou a vez do novíssimo Mini Countryman SE All4, já sabendo que “E” é de Electric.
Dirigimos o Countryman elétrico nas ruas e estradas de Portugal, na região de Cascais. Foi um test drive de apenas 75 km, metade dos quais ao volante e a outra metade no assento do passageiro. Mas, devido à variedade de rodovias que pegamos nesse pequeno roteiro, foi possível ter impressões muito positivas do SUV elétrico já neste primeiro contato.
A melhor novidade é que o Mini Countryman Electric nasceu na nova plataforma elétrica do Grupo BMW. Por isso, divide a fábrica na Alemanha com o inédito BMW iX2. Muito maior do que na geração anterior com 13 cm a mais de comprimento e 6 cm a mais de altura), o novíssimo Mini Countryman reúne atributos que podem agradar o consumidor brasileiro.
Este SUV elétrico é confortável para 5 pessoas e não deve em nada ao Countryman JCW a combustão. Sua aceleração de 0 a 100 km/h é apenas 2 décimos de segundo inferior (5,4 segundos no JCW e 5,6 no Electric). Claro que ele perde na velocidade máxima (180 km/h), mas quem vai andar a 250 km/h nas estradas brasileiras?
O Countryman SE All4 é tão rápido e tão bom que num determinado momento, após acelerar forte na rodovia e obter uma resposta magnífica com os 494 Nm de torque, me esqueci que estava no modelo elétrico e comentei que não tinha borboleta atrás do volante. Isso porque, no modo Go Karting (uma das 8 experiências disponíveis no display central), ele tem até ronco de carro esportivo misturado com o zunido dos motores elétricos.
Motores? Sim, o Mini Countryman Electric tem dois motores elétricos que entregam 230 kW de potência (ou 300 cavalos) com muita rapidez. Ah, sim, carros elétricos também podem ter borboleta no volante, como é o caso de alguns Mercedes e Renault, mas só para controlar o nível de regeneração da bateria – que é outra boa entrega do Countryman SE All4.
A bateria tem praticamente 65 kWh de capacidade e isso permite que o usuário brasileiro faça algumas viagens longas. Pelo que vimos em Portugal, o Mini Countryman Electric é capaz de rodar uns 340 km na estrada.
A Mini também tomou o cuidado para que o Countryman elétrico não seja exótico quando comparado ao Countryman a combustão. Visualmente, eles se diferenciam pelas rodas (mais limpas no SE) e por dentro são quase idênticos. Tirando detalhes de acabamento de versão, é impressionante como os mostradores são parecidos.
Como no Countryman a combustão, o Countryman elétrico não tem quadro de instrumentos nem Head-Up Display, mas sim um refletor de acrílico com as informações básicas escolhidas pelo motorista. Durante o teste drive, rodando em pisos muito bons, não sentimos muita diferença no acerto de suspensão do Countryman elétrico em relação ao Countryman JCW, embora o modelo a combustão tenha um ajuste mais esportivo.
Apenas dois detalhes estéticos do Mini Countryman Electric não agradaram de todo. O primeiro são os faróis, que deixaram de ser redondos para ter um formato mais reto, porém não é nem quadrado nem retangular. O segundo foi a enorme área preta de plástico onde ficam as duas ponteiras duplas de escapamento no Countryman John Cooper Works.
A Mini não divulgou o preço do Countryman elétrico, mas esperamos seu lançamento para o Brasil no final do primeiro trimestre ou início do segundo. Ele será uma alternativa interessante para o Volvo XC40.
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