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Jeep Commander Blackhawk em viagem de 2.300 km, até Foz do Iguaçu

Rodamos 2.300 km em diferentes tipos de estrada, do Guarujá (SP) a Foz do Iguaçu (PR), com o SUV de 7 lugares com motor de 272 cv

7 jan 2025 - 08h00
(atualizado às 18h38)
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Jeep Commander Blackhawk: 2300 km entre Guarujá (SP) e Foz do Iguaçu (PR)
Jeep Commander Blackhawk: 2300 km entre Guarujá (SP) e Foz do Iguaçu (PR)
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

O Jeep Commander Blackhawk tem alguns diferenciais: SUV de 7 lugares, motor potente de 272 cavalos, design esportivo e vários itens que o destacam na categoria. Submetemos o Commander Blackhawk a uma viagem-teste do Guarujá (SP) a Foz do Iguaçu (PR), num percurso de ida e volta que passou de 2.300 km.

Inicialmente rodando na cidade, o Jeep Commander Blackhawk ganhou muitos elogios por seu visual agressivo, no qual se destacam as rodas pretas de 19 polegadas com pneus 235/50. Apesar do perfil médio dos pneus, ele encarou bem os buracos da cidade.

Recebeu críticas, entretanto, pela largura da cabine, que tem 1,849 m. Com uma cadeirinha de bebê atrás, não entrega muito mais conforto do que um Fiat Argo, que tem 1,724 m. São apenas 13 cm a mais num carro que é 77 cm mais comprido. Pelo seu porte, deveria ter ao menos 1,90 m de largura.

Jeep Commander Blackhawk em 2.300 km
Jeep Commander Blackhawk em 2.300 km
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

O Jeep Commander passa a sensação de ser um Compass esticado. Mas isso tem vantagem na terceira fileira de assentos, que oferece dois lugares com bom espaço e acesso sem grandes complicações. A terceira fileira tem porta-copos e duas entradas USB, mas falta uma saída do ar-condicionado (isso foi motivo de reclamações durante nossa avaliação).

Na estrada, o Jeep Commander enfrentou todo tipo de situação nessa viagem. Subida, descida, chuva pesada, tempo seco, neblina, pista encharada, asfalto liso e piso ruim. O carro se comportou de forma exemplar em todas as situações.

Grande mérito da suspensão traseira independente, que garantiu conforto, versatibilidade e bom comportamento direcional. Para além disso, em situações de pouca aderência dos pneus, é possível bloquear a tração 4x4, que é sob demanda. Mesmo rodando sob tempestade, o Jeep Commander transmitiu segurança.

Jeep Commander Blackhawk em 2.300 km
Jeep Commander Blackhawk em 2.300 km
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

Usamos os 7 lugares somente na cidade. Na estrada, graças aos 661 litros do porta-malas quando o carro está configurado para 5 lugares, foi possível transportar cinco malas, caixas de vinho, mochilas, bolsas, sacolas, travesseiros e outras bugigangas sem problemas. A tampa do bagageiro abre com dois apertos na chave, mas só fecha por meio de um mal-posicionado botão na lateral (deveria estar na tampa).

A potência de 272 cavalos foi sempre uma aliada da segurança, pois permitiu fazer ultrapassagens rápidas nos trechos de pista simples da BR-369, entre Ourinhos (SP) e Cornélio Procópio (PR).

Situada no Paraná, a BR-369 faz uma curva em Maringá e é extremamente perigosa no trecho entre Ubiratã e Cascavel, devido ao grande fluxo de caminhões e à sinuosidade da estrada. Depois, entre Cascavel e Medianeira, a BR-277 também é um inferno em forma de pista simples. É inacreditável como uma região tão rica do Brasil, como Cascavel, seja ligada apenas por estradas ruins, defasadas e perigosas. Ainda bem que esse Commander é potente.

Jeep Commander Blackhawk em 2.300 km
Jeep Commander Blackhawk em 2.300 km
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

A potência máxima do motor 2.0 Hurricane T4 a gasolina (272 cv) é entregue somente a 5.200 rpm, e o torque máximo (400 Nm) também surge tarde, a 3.000 rpm, mas como há potência de sobra (6,9 kg/cv) e torque muito generoso, a aceleração é muito forte. O Commander Blackhawk vai de 0 a 100 em 7 segundos e chega a 220 km/h.

Grande mérito do turbocompressor e do câmbio automático de 9 marchas. Para além de garantir um bom torque em baixas rotações, o turbo e a transmissão colaboram bastante para um consumo até surpreendente na estrada. Nossa melhor média foi 11,7 km/l de gasolina, andando em boas velocidades, número bem superior aos 10,2 km/l indicados pelo PBEV do Inmetro.

Jeep Commander Blackhawk em 2.300 km
Jeep Commander Blackhawk em 2.300 km
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

Mesmo acelerando forte, o Jeep Commander faz facilmente médias próximas de 10,5 km/l. Não é um carro econômico, óbvio, mas pela boa potência e pelos números oficiais até surpreendeu. Na cidade, o PBEV indica 8 km/l e fizemos 7 km/l.

Para além desses detalhes técnicos, vale dizer que a vida a bordo do Jeep Commander Blackhawk é bastante agradável. O acabamento tem o nível que se espera de um Jeep topo de linha fabricado no Brasil, todos os bancos são confortáveis, o espaço traseiro para pernas e cabeça é muito bom e a posição de dirigir é ótima, podendo ser bem elevada se o condutor quiser.

A multimídia também é bastante competente e a usabilidade do carro em geral é ótima. Só o painel digital poderia melhorar, pois não é possível ver o alcance quando os instrumentos estão no modo analógico. No digital, os dados de consumo e alcance são bem visíveis, mas o velocímetro fica muito pequeno e deslocado para a direita.

Jeep Commander Blackhawk em 2.300 km
Jeep Commander Blackhawk em 2.300 km
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

Vale a pena pagar R$ 327.590 pela versão Blackhawk? Bem, aí já estamos falando de outra reportagem, pois depende se a sua outra opção é um carro mais acessível ou mais caro; e também sobre a utilização do veículo. Nosso veredicto aqui resume-se ao caráter estradeiro do Jeep Commander Blackhawk, que passou no teste.

Guia do Carro
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