Mãe ao volante: como venci meus filhos no consumo do Compass
Numa viagem de família com o Jeep Compass 1.3 turbo, meus filhos me desafiaram numa prova de consumo. Mas eu venci, pois tinha um "segredo"
Gosto muito do Jeep Compass, mas nunca pensei que estaria envolvida numa competição dirigindo este SUV. Numa viagem de família, com meus dois filhos (Fernando e Guilherme), fui desafiada numa prova de consumo. O desafio era ver quem faria a melhor média no percurso de São Paulo (onde eu moro) a Londrina (onde eles moram).
Topei na hora, mas com uma condição: quem perdesse pagaria a conta do abastecimento. O carro que utilizamos foi um Jeep Compass Limited 4x2, equipado com motor 1.3 turbo de 185 cavalos de potência. Eu tinha um segredinho para consumir menos combustível e pude utilizá-lo nesta divertida viagem.
Antes devo dizer que Fernando tem um Chevrolet Onix 2021, com motor 1.0 aspirado de 82 cv e câmbio manual de 6 marchas. Guilherme tem um Ford Fiesta 2013, equipado com motor 1.6 de 108 cv e câmbio manual de 5 marchas. Confesso que eu levava vantagem, pois estava acostumada a dirigir carros mais potentes e com muitas informações para o motorista.
O Compass estava abastecido com etanol. Segundo o Inmetro, ele faz 7,2 km/l na cidade e 8,3 km/l na estrada. Com gasolina, o Compass Limited faz 10,2 km/l na cidade e 11,7 km/l na estrada. Como estávamos na estrada e só usamos etanol, o número de referência era 8,3 km/l.
Fernando foi o primeiro a dirigir. No começo ele manteve uma média de 6,4 km/l, mas ela caiu rapidinho para 5,9 em sua mão, pois ele acabou se empolgando com a potência do Compass. Acostumado com o Onix aspirado, Fernando tinha 103 cavalos a mais à sua disposição. E com turbo! Por isso, muitas vezes, precisou tirar o pé do acelerador.
Nosso desafio foi até o Posto Kafé, perto de Ourinhos (SP), para que todos dirigissem nas mesmas condições. “Este carro é nervoso, mãe”, Fernando dizia. Depois Guilherme pegou o carro e manteve uma média de 6,4 km/l, pois dirige mais tranquilo. Mas sua média de autonomia também foi baixa.
Na minha vez de dirigir mantive o conta-giros sempre em 2.000 giros, 2.500 giros. Fiz uma média muito boa na estrada, 8,7 km/l, bem diferente dos meus filhos. Isso porque eu dirigi o tempo todo de olho no conta-giros. Passando raramente de 2.500 rpm e acelerando com suavidade, consegui rodar a 120 km/h e consumir pouco combustível.
Quando chegamos no Posto Kafé, eu e Guilherme fizemos o Fernando pagar a conta do abastecimento e sem “chororô”. Depois disso o Fer preferiu dormir no banco de trás. Antes do Onix tinha um VW Gol “socado”, como ele dizia (com a suspensão rebaixada).
Guilherme então dirigiu até Londrina, de forma tranquila. Chegamos em nosso destino e como esperado o Compass… não deixou nada a desejar, foi um sucesso de conforto, segurança, estabilidade, e com uma ótima multimídia e conectividade para uma viagem de 1.200 km (ida e volta). Foi uma viagem incrível com meus filhos no Compass. Uma viagem alegre e desafiadora, pois nunca havíamos viajado somente nós três. O dia estava lindo, com céu azul e tempo ótimo.
Mas tenho uns comentários a fazer sobre o novo Jeep Compass. O quadro de instrumento é meio complicado de usar, demorei para achar o que iria precisar, pois gosto sempre de ter no quadro o conta-giros, minha velocidade e minha autonomia, pois sou um desastre para controlar o combustível do carro.
Já a multimídia é superfácil de usar, muito prática, não precisa de cabos e a conexão é rápida pelo Android Auto. Nesses sete dias que fiquei com o carro não falhou nenhum dia, diferente de outros carros da categoria, que toda vez que você entra no carro precisa colocar o cabo e fazer todo o processo novamente.
Na volta de Londrina, fiz uma viagem com minha tia e sua amiga. Voltamos conversando, tranquilas. Mantive o mesmo esquema, dirigindo pelo conta-giros próximo de 2.500 rpm. Mas, como eu não estava “competindo”, acelerei um pouco em alguns trechos vazios da Rodovia Castello Branco. Mesmo assim, minha média final foi de 8,4 km/l.
Quanto ao bagageiro do Jeep Compass, que tem 410 litros, é suficiente para uma família. Levei uma mala média, três mochilas grandes e sobrou muito espaço ainda no bagageiro, sem contar o espaço interno, que atende a todas as expectativas. O Compass também é muito confortável para o passageiro que vai no banco traseiro, sem contar a posição de dirigir, que atende a todos os gostos (tem ajustes de altura e profundidade do volante).
Senti falta de um compartimento embaixo do banco do passageiro, um espaço para bolsa fantástico que havia ali no antigo Compass. Para as mulheres que carregam suas bolsas quando estão dirigindo na cidade, ele era um espaço super útil, pois a bolsa não ficava à mostra. Mesmo assim, adorei o carro. Se eu compraria o Jeep Compass? Sim, compraria!