Carros com injeção eletrônica também podem afogar
Nos carros antigos, era comum escutar que eles estavam “afogando”, ou seja, com excesso de combustível no carburador. Mas e em veículos com injeção eletrônica isso também acontece? Quem responde é Pedro Luiz Scopino, consultor técnico e diretor do Sindirepa, o Sindicado dos Mecânicos de São Paulo.
“Carros com sistema de controle de mistura de combustível eletrônico, que é a chamada injeção eletrônica, raramente afogam, mas pode ocorrer em duas circunstâncias de falhas no veículo”.
A primeira é quando o bico injetor está com má vedação em sua válvula interna, deixando passar combustível mesmo na posição fechada. A segunda é quando o regulador de pressão de combustível está com diafragma de vedação furado, permitindo passar o combustível.
“Estas falhas ocorrem por fadiga do material”, lembra Scopino. No caso do regulador de pressão, a troca é a única solução. No caso do bico injetor, pode ser acúmulo de sujeira e resinas. Nesta situação, uma limpeza por ultrasom geralmente resolve. Em ambas as hipóteses, o motorista precisará procurar uma empresa especializada.
O maior indicativo de afogamento é dificuldade para dar a partida, falhas e aumento imediato no consumo de combustível.
Manutenção e filtros
Os bicos injetores dos carros têm dois grandes inimigos: o combustível adulterado e a falta de manutenção, principalmente troca de filtro. Por isso, as empresas sempre reforçam a necessidade de abastecer em postos de confiança que você costuma usar e seguir à risca o que diz o manual do carro para a troca de filtros e velas.