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Misturar gasolina com etanol faz o combustível render mais? Entenda

Segundo especialista, é muito importante entender a características de cada combustível. Veja quais são as consequências da mistura

16 dez 2023 - 09h00
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Resumo
Há 20 anos ocorreu o lançamento de carros flex no Brasil, que se tornou comum nas ruas, oferecendo a flexibilidade entre gasolina/etanol. No entanto, os motoristas enfrentam dúvidas sobre o funcionamento e qual a proporção ideal para obter o melhor rendimento.
Primeiro carro flex foi o Volkswagen Gol, em 2003
Primeiro carro flex foi o Volkswagen Gol, em 2003
Foto: VW / Guia do Carro

Vinte anos se passaram desde o lançamento do primeiro carro flex no Brasil. De lá para cá a frota só aumentou, e hoje já contamos com uma frota de mais de 40 milhões de veículos flex.

De 2003 para cá muita coisa mudou nesses veículos, que ficaram cada vez mais eficientes e tecnológicos, mas apesar de tantos anos e muitas melhorias, muitos motoristas ainda têm dúvidas sobre o funcionamento dos motores flex.

“Os carros flex são uma presença comum nas ruas e estradas brasileiras, oferecendo aos motoristas a flexibilidade de escolher entre gasolina e etanol como fonte de energia. Esse sistema permite uma adaptação dinâmica às flutuações nos preços desses combustíveis e às preferências individuais dos condutores”, diz a especialista em mecânica de automóveis e gestora da Na Oficina, Luciana Félix.

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“Para entendermos a dinâmica da mistura, é crucial compreender as características internas da gasolina e do etanol”, afirma Luciana.

“Enquanto a gasolina oferece maior desempenho do motor, o etanol possui uma taxa de octanagem mais elevada, o que pode impactar no desempenho do motor. A eficiência de cada combustível varia, influenciando diretamente o consumo e a potência do veículo”, explica.

Luciana também falou sobre usar a mistura de etanol e gasolina, uma dúvida de muitos motoristas e proprietários de carros flex. “Muitos motoristas ficam com essa dúvida e qual a proporção ideal de gasolina e etanol para otimizar o rendimento”, diz.

“Segundo a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, os veículos flex podem ser abastecidos com gasolina ou etanol, ou qualquer mistura destes dois combustíveis. Mas, na prática, é preciso atenção por existir um tempo de leitura deste combustível pela injeção eletrônica”, afirma Luciana.

Segundo Luciana, misturar os dois combustíveis não faz com que seu abastecimento renda mais. Isso porque no Brasil a gasolina vendida nos postos tem um percentual de etanol de até 27%, conforme a legislação vigente.

“Misturar os dois combustíveis pode, dependo das circunstâncias, gerar alguma economia em termos financeiros na hora de abastecer, mas não tendo um ganho real em termos de rendimento do motor e economia de combustível”, afirma Luciana.

“Na verdade, haverá uma média entre eles, não sendo significativa. Com isso, busca pelo equilíbrio entre desempenho e economia continua a ser um desafio constante para os condutores que buscam carros flex no Brasil”, finaliza Luciana.

Guia do Carro
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