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Montadoras estimam carros até 5,5% mais caros em 2014

Previsão da Anfavea, que representa as fabricantes, considera volta do imposto ao patamar original de 7% a partir de janeiro

5 dez 2013 - 13h06
(atualizado às 15h31)
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A Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou nesta quinta-feira, em São Paulo, que já estima alta de até 5,5% no valor dos veículos para o ano que vem em função da cobrança reduzida de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). A expectativa da entidade, entretanto, é que a produção não seja afetada graças a eventos como a Copa do Mundo, que podem incrementar investimentos em transporte público e táxis, por exemplo.

O presidente da Anfavea, Luiz Moan Yabiku Junior, disse que já é certo, para o setor, o fim da redução do IPI a partir de janeiro. A alíquota original para veículos leves é de 7%, mas teve a redução para 2% prorrogada pelo governo federal até 31 de dezembro deste ano em janeiro passado.

Para cada ponto percentual de aumento no IPI, a previsão da Anfavea é que o veículo fique até 1,1% mais caro.

"Todo aumento de impostos impacta nas vendas, mas, mesmo assim, a estimativa para 2014 é a de termos um mercado bom: estimativa de 2,5% de aumento de PIB (Produto Interno Bruto) e ano de Copa do Mundo, que implica em menos dias úteis, mas mais estímulos naturais à aquisição de veículos, tais como ônibus, tratores, máquinas, táxi e veículos para locadoras", elencou Yabiku Junior.

Produção de veículos cai em novembro

Os resultados de 2013 até novembro indicam aumento na produção de veículos da ordem de 11,8% em relação a janeiro a novembro de 2012, ainda que, de novembro para outubro deste ano, tenha havido uma queda de 10,7%.

A Anfavea atribuiu a queda de um mês a outro ao fato de novembro ter três dias úteis a menos que outubro.

Em números absolutos, em 2013 já foram produzidos 3,5 milhões de veículos, diante de 3,13 milhões nos 11 primeiros meses de 2012. Só em novembro passado, foram 289,6 mil unidades –contra 324,4 mil no mês anterior.

A redução de um mês a outro foi verificada também na produção de máquinas agrícolas, que caiu 17,6% de novembro em relação a outubro (7,3 mil para 6 mil unidades). No acumulado do ano, contudo, 2013 já tem 19,9% unidades a mais (de 64,4 mil para 77,2 mil) que janeiro a novembro de 2012.

Redução de IPI aumentou arrecadação federal, diz associação

“Prevíamos aumento nos resultados de 3,5% este ano em relação a 2012, mas, em agosto, revisamos isso para 1% a 2%. O ano deve encerrar empatado tecnicamente com 2012, porque, ainda que os índices de inadimplência tenham caído, o crédito continua difícil para o consumidor”, avaliou o presidente da Anfavea.

Para o vice-presidente da associação, Mauro Rego, mesmo com a queda na produção em novembro, 2013 caminha para ser novo ano recorde para o setor, a exemplo do que havia ocorrido em 2011.

Os dirigentes da Anfavea rejeitaram a hipótese de a redução de IPI para veículos leves ter criado uma espécie de mercado artificial que não refletiria a realidade.

“O Brasil tem a maior carga tributária do mundo. Com a redução do IPI, entre 24 de maio de 2012 e 30 de novembro deste ano, foram 5,5 milhões de unidades produzidas e um aumento expressivo de arrecadação para o governo – R$ 6,7 bi de PIS/Cofins, por exemplo. Reduzir imposto não é artificial: artificial é um carro popular aqui ter 30% do valor só em impostos”, criticou Yabiku Junior.

Pelos números da Anfavea, sem a redução do IPI de maio a novembro, teriam sido produzidas 4,309 milhões de unidades.

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Fonte: Terra
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